Maioria dos produtos teve aumento de preços acima da inflação


Renovar o material escolar para o segundo semestre do ano está mais caro em Belém este ano. Pesquisa mostra que os reajustes dos produtos -desde canetas, cadernos, até uniforme e sapatos- estão acima da inflação do período. Levantamento é do Dieese (Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) em lojas de departamentos,  livrarias e papelarias da Grande Belém. A pesquisa incluiu cerca de 50 itens e foi realizada no período de 28 a 31 de julho.

A maioria dos produtos que compõem a 'cesta de material escolar' está mais cara em relação ao mesmo período do ano passado (volta às aulas no segundo semestre /2013), mas as pesquisas também constataram estabilidade nos preços da maioria dos produtos em relação aos praticados no inicio deste ano.

A exemplo de anos anteriores, a quantidade de material escolar a disposição do público está bastante reduzida em relação às ofertadas do início do ano, já que uma parte considerável dos comerciantes não fez renovação de estoques e está aproveitando a retomada das aulas para comercializar as sobras de estoque do início do ano.

Os reajustes estão acima da inflação, estimada em 6% (INPC/IBGE). As pesquisas efetuadas no período de 28 a 31/07/14 mostram que os produtos da cesta de material escolar que foram destaque em crescimento de preços nesta volta as aulas 2º semestre 2014 em relação ao mesmo período do ano passado (2º semestre 2013), foram: Resma de Papel A-4 (100 folhas), mais 37,59% (de R$ 3,49 a R$ 4,50, a resma); Caneta, pacote com quatro unidades, com reajuste de 19,30% (de R$ 5,34 a R$ 5,99); Gizão de cera jumbo, mais 19,01% (de R$ 5,99 a R$ 6,99); Folha da cartolina branca, cuja unidade foi reajustada em 17,65% (de R$ 0,50 a R$ 1,49).

Além desses produtos, a tinta guache caixa com seis unidades, com mais 17,65% (preços variam entre R$ 3,99 a R$ 4,50); Cola polar (40g), que aumentou 12,69% (de R$ 1,20 a R$ 1,99); Resma de papel chamex (500 folhas), mais 12,09% (de R$ 16,99 a R$ 19,90); Borracha tk branca pacote com duas unidades, com reajuste de 11,79% (de R$ 4,50 a R$ 4,59); Lápis de cor grande (cx/12 unid), que subiu 8,78% (de R$ 11,90 a R$ 14,99) e do corretivo liquido, com reajuste de 6,35% (de R$ 2,10 a R$ 4,99 a unidade). A régua escolar cristal de 30 centímetros também ficou mais cara e relação ao mesmo período do ano passado, com os preços variando entre R$ 0,50 a R$ 2,00, dependendo da marca e do local de compra.

Um dos principais itens da cesta de material escolar, o caderno, também ficou bem mais caros nos últimos 12 meses. Os reajustes não foram uniformes, mas ficaram entre 7% a 15% e podem ser encontrados de todos os tamanhos e para todos os gostos e orçamento. Os preços dos de duzentas folhas, com 10 matérias, por exemplo, variam de R$ 6,99 até mais de R$ 40, dependendo se capa flexível ou capa dura, do personagem, do fabricante e do local de compra.

Já as mochilas ou mochiletes também ficaram mais caras, com reajustes que variam entre 10% a 15%. Dependendo do local de compra, do fabricante e do personagem que encapa o produto, as mesmas podem variar de R$ 39,90 até mais de R$ 200.

Como maioria dos produtos que compõem a cesta de material escolar para esta volta às aulas (2º semestre 2014) continua com preços muito elevados, a arma do consumidor continua sendo a pesquisa. 'Pesquisar o preço do material escolar antes de comprar é fundamental porque de um local para outro um mesmo produto pode ter diferença de preços que vai a mais de 30%', avalia o economista Roberto Sena, do Dieese.

Quanto ao fardamento escolar, em muitos casos haverá por parte dos pais de alunos apenas um complemento ou com a compra de uma calça comprida ou bermudas, blusas e até sapatos ou tênis. Os preços estão muito diversificados e com preços elevados se comparados ao mesmo período do ano passado e também ao inicio do ano.

Os jeans podem variar em média de R$ 30 a mais de R$ 250, dependendo da marca e do local de compra, já os tênis variam de R$ 50 a mais de R$ 300, também dependendo da marca e do local de compra.

A pesquisa verificou também que vários produtos como régua, lápis, mochilas e principalmente canetas e cadernos estão sendo amplamente comercializados pelos ambulantes com preços bem mais em conta que os praticados nas livrarias e magazines.

Veículo: O Liberal - PA