Geral
25/07/2014 11:42 - Disputa maior afeta lucro de fabricantes de cosméticos
A indústria de cosméticos espera faturar 11,8% mais neste ano sobre 2013, atingindo R$ 42,6 bilhões. A taxa é semelhante à registrada no ano passado. Especialistas ouvidos pelo DCI ponderam, porém, que o lucro líquido das companhias poderá ser pressionado pela chegada de novos players no Brasil e a concorrência com itens de drogarias.
"Neste ano, o lucro líquido das grandes empresas do segmento será afetado", afirma o diretor da Factor/Kline, Sérgio Rebelo. "As oportunidades de crescimento do setor estão mais reduzidas em comparação com outros anos, por conta da chegada de novos competidores e da pressão de custos", observa o especialista.
Já os analistas do BTG Pactual, Fabio Monteiro e Thiago Andrade, acreditam que empresas de vendas diretas, como a Natura, podem continuar perdendo market share devido à concorrência com o varejo. "As vendas diretas [da Natura] devem continuar perdendo share para as vendas realizadas em farmácias e lojas especializadas em produtos de beleza", afirmam, em relatório.
O arrefecimento do consumo em geral também deve afetar as vendas no futuro, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio.
"O quadro está preocupante. Não sabemos como o governo irá gerenciar todos os desafios, pois o País caminha para um cenário de estagnação com inflação", afirma o executivo. "O setor é criativo e, por isso, deve manter as vendas até o final de 2014. Mas para 2015 a situação é mais preocupante", ressalta o presidente da Abihpec.
Ele destaca que a inflação registrada pelo setor neste ano já é maior do que aquela contabilizada em 2013. "Então não esperamos um ano melhor em 2014 por conta da inflação. Ao descontarmos essa taxa, o faturamento caíra, o que deve tornar o resultado muito parecido com o de 2013".
Apesar desse mercado ter crescido quase 12% no ano passado, quando descontada a inflação esse avanço cai para 3%. "O atual cenário econômico não é propenso para consumo. Por isso, é importante entender que o crescimento visto em outros anos não se repetirá no curto prazo", diz a analista da Nielsen, Natalia Uliano.
Planos
Para amenizar os efeitos trazidos por uma economia mais fraca, as companhias devem apostar cada vez mais em nichos de mercado ainda pouco explorados, como o de produtos para idosos, assim como a diversificação de canais de vendas, segundo o diretor da Factor/Kline, Sérgio Rebelo.
"Os brasileiros estão vivendo mais, o que eleva a demanda por produtos e serviços específicos", diz. "É uma grande oportunidade para a indústria", conclui Rebelo.
A aposta em vários canais, englobando vendas diretas, lojas físicas e internet, também deve ganhar mais terreno nos próximos anos. "A venda direta é muito arraigada no cotidiano das brasileiras e importante para as empresas. No entanto, é preciso ampliar os espaços de vendas", afirma o consultor da DirectBiz Consultants, Marcelo Pinheiro.
Na visão do analista, aquelas que investirem corretamente na sinergia entre todos esses canais ganharão mais mercado. "Com uma plataforma na internet, elas atingirão um público mais jovem, muito presente neste espaço".
A Natura é um exemplo dessa tendência. Após testes nas cidades de Campinas e de São José dos Campos, ambas no interior paulista, a empresa decidiu expandir a Rede Natura, sua plataforma de compras pela internet, para todo o Estado de São Paulo.
De acordo com o vice-presidente de Finanças da Natura, Roberto Pedote, são grandes as apostas no projeto como um meio de elevar as vendas nos próximos anos. "No mês de julho implantamos a Rede Natura no Estado de São Paulo. Trata-se da primeira etapa para a expansão em todo o Brasil", revelou o executivo.
Ele também comentou que "em maio iniciou o piloto da venda de outras categorias de produtos fora deste mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o projeto Natura+" - artigos para moda e decoração.
De acordo com Pedote, esses dois projetos serão vetores muito importantes de crescimento para a companhia no médio prazo.
Veículo: DCI
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