A JBS, considerada empresa líder mundial em processamento de carne bovina, demitiu na sexta-feira 60 funcionários do frigorífico que mantém em Barretos, a 423 quilômetros da capital paulista

A direção do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação da cidade afirmou que teme novas demissões nos próximos dias. A unidade tem cerca de 1.400 funcionários. A JBS confirmou as demissões e afirmou, por meio de sua assessoria, que elas foram necessárias para um ajuste realizado na produção.

De acordo com a assessoria, a "oferta de matéria-prima ficou bastante reduzida ao longo dos últimos meses e, diante dessa nova realidade de mercado, a JBS fez os ajustes necessários", informou.

O presidente do sindicato, Luiz Carlos Anastácio, afirmou que a empresa exige do Estado de São Paulo incentivos fiscais, o que foi concedido no Rio de Janeiro. "Se não acontecer o acordo (com o governo de São Paulo), a empresa pode fechar três unidades no Estado, incluindo Barretos", disse Anastácio.

De acordo com ele, as unidades listadas são a de Lins (431 km de São Paulo) e Andradina (578 km de São Paulo), além da de Barretos. Ao todo, são 12 mil funcionários. A assessoria da JBS afirmou que não há previsão para fechamento das unidades de Barretos, Lins e Andradina. A assessoria não se manifestou sobre a questão dos incentivos fiscais. Ainda segundo o sindicato, o salário médio dos funcionários demitidos nesta sexta é de R$ 1.200.


Iberia - Já a companhia aérea espanhola Iberia anunciou na sexta-feira o início de consultas para um processo de demissão voluntária, com vistas a cortar até 1.581 vagas. "Na data de hoje, a Ibéria informou a seus empregados e representantes sindicais sobre de sua intenção de iniciar um período de consulta em relação a um processo de demissão voluntária, que supõe uma redução de quadro de até 1.581 pessoas", informou o consórcio IAG, formado por Iberia e British Airways, às autoridades reguladoras espanholas.

Um porta-voz do sindicato de pilotos da Iberia Sepla disse que uma consulta era planejada e que os cortes seriam voluntários. A IAG disse em um comunicado que essa é uma das opções discutidas durante as negociações anteriores sobre salários e condições de trabalho.

A companhia foi atingida por greves e batalhas com sindicatos no ano passado quando tentou fazer os cortes de empregos. Em fevereiro e março deste ano, ela celebrou acordos com pilotos, tripulantes e pessoal de terra para reduzir salários e aumentar a competitividade da companhia.

A Ibéria, cujos prejuízos pressionaram a controladora IAG, já tinha planejado cortar 3.100 vagas para o período de 2012-2015. Os novos cortes que afetam até 1.581 pessoas ocorrerão entre 2014-2017, disse um porta-voz da empresa. Em 31 de dezembro de 2013, a companhia tinha 18 mil funcionários.

O novo programa de demissões é parte de um "plano contínuo de transformação da Ibéria cujo objetivo é introduzir mudanças estruturais permanentes em todas as áreas de negócio, a fim de que a companhia possa crescer de maneira rentável no futuro", concluiu o grupo IAG em seu comunicado. (FP)




Veículo: Diário do Comércio - MG