Geral
21/05/2014 11:54 - 3corações busca ampliar liderança em café
"Herdeiro" de tradicionais atores do mercado brasileiro de café, o grupo 3corações aposta na consolidação de suas marcas nas regiões Sudeste e Sul para preservar as elevadas taxas de crescimento que o tornaram líder nas gôndolas do país nos últimos anos. Paralelamente, desenvolve planos que envolvem a expansão de suas operações para outros países da América do Sul até o fim desta década.
Após crescer 7% em 2013, quando seu faturamento alcançou R$ 2,4 bilhões, a empresa vislumbra a possibilidade de avançar 11% em 2014, com a colaboração de sua linha de máquinas e cápsulas, lançada recentemente. Mas, de acordo com o diretor de marketing Paulo Guerchfeld, a evolução prevista ainda será puxada pelos negócios já consolidados, fortalecidos por uma série de aquisições de empresas regionais nos últimos anos.
O grupo 3corações começou a ganhar seus contornos atuais em 2005, a partir de uma joint venture entre a São Miguel Holding - pertencente à família Lima, fundadora da Café Santa Clara, no Rio Grande do Norte - e a israelense Strauss, que comprara a marca 3corações em 2000. De 2005 para cá, seu faturamento já aumentou 270%, com destaque para a "nacionalização" das vendas, que deixaram de se concentrar no Norte e no Nordeste, onde a Santa Clara já era líder.
Entre as 16 marcas do grupo, 3corações, Santa Clara e Pimpinela estão entre as principais. O café é o carro-chefe, mas a empresa também atua nos segmentos de refrescos, achocolatados, derivados de milho e temperos. A 3corações também exporta café verde, negócio concentrado em uma divisão que representa cerca de 15% de seu faturamento.
No mercado brasileiro de café torrado e moído, atualmente o grupo 3corações afirma ser líder com uma participação de 21%, ante 12,3% em 2007. Na vice-liderança está a D. E. Master Blenders 1753 (antiga operação de café da americana Sara Lee), que informou ter 18,4% da receita total das vendas domésticas de café industrializado e anunciou, neste mês, uma joint venture com a Mondelez para criar uma nova empresa global de café, a Jacobs Douwe Egberts (JDE).
Mas essa nova "gigante", que poderá ampliar o número de marcas vendidas no Brasil, parece não assustar a 3corações. "É um incentivo para que a gente se torne cada vez mais competitivo", afirma Guerchfeld. O executivo também diz que a forte alta dos preços da matéria-prima este ano no mercado internacional não deverá ter impacto significativo nos negócios do grupo, já que o crescimento do mercado previsto tende a compensar a alta de custos.
Ao mesmo tempo, o grupo 3corações acelera os trabalhos para que as vendas de máquinas e cápsulas passem a representar entre 5% e 10% de sua receita total em cinco anos, como afirmou seu presidente, Pedro Lima, em entrevista ao Valor em 2013. A nova frente foi aberta por meio da criação de uma joint venture com a italiana Caffitaly System S.A. No fim do ano passado, foi montado um projeto-piloto para testar atendimento, promoção e distribuição da nova linha, a cargo da própria empresa. O lançamento comercial aconteceu neste mês, tendo em vista o Dia das Mães.
Atualmente, estão disponíveis no mercado 13 tipos de cápsulas, incluindo café 'espresso', filtrado, café com leite, cappuccino, descafeinado, chás e chocolate. Até o fim do ano, deverão ser lançados mais cinco tipos de cápsulas com novas versões de cappuccino, café e chá. No caso das máquinas, a meta é vender mais de 150 mil unidades já neste ano.
As máquinas são vendidas a partir de R$ 449, enquanto as cápsulas custam entre R$ 1,10 e R$ 1,50 a unidade. Até o fim deste ano, deverá ser lançado um novo modelo de máquina para uso em estabelecimentos comerciais. As atuais máquinas da empresa, para uso doméstico, estão disponíveis em 3 mil pontos de venda de eletrodomésticos no país, enquanto as cápsulas são vendidas também em mais de 3 mil pontos, só que no varejo de alimentos.
Para abastecer a nova linha de cápsulas e máquinas, chamada "Tres", o café já torrado vai para a Itália para ser encapsulado. Mas a 3corações tem planos de inaugurar no fim de 2015 uma fábrica própria de cápsulas no Brasil, provavelmente em Minas Gerais, a depender do desenvolvimento desse mercado. O projeto todo da Tres começou a ser arquitetado há mais de quatro anos e consumiu investimentos de R$ 150 milhões, conforme Guerchfeld.
O projeto foi incentivado pelo grande aumento do mercado para esses produtos no mundo e no Brasil nos últimos anos. De acordo com a AC Nielsen, o consumo de cápsulas aumentou cerca de 11 vezes no país de 2008 para cá. Como há muito a fazer por aqui, Guerchfeld prefere não detalhar os passos que a 3corações pretende dar em outros países da América do Sul no futuro já não tão distante. Mas essa incursão faz parte dos planos definidos para entre 2012 a 2018.
Veículo: Valor Econômico
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