A indústria de latas de aço está se preparando para um aquecimento dos negócios no segmento de alimentos neste ano e projeta alta de 2% da produção para 2014, de acordo com a Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço).

"Principalmente os negócios de alimentação saudável e para o público infantil têm crescido bastante", afirma a gerente executiva da Abeaço, Thaís Fagury. Ela destaca que o consumo de latas de aço tem se mantido estável no Brasil, mas alguns segmentos vêm crescendo mais.

É o caso de fórmulas infantis (que incluem leite em pó) e produtos saudáveis, como pescados e vegetais. "Estes itens possuem maior valor agregado e demandam segurança na conservação, quesito que a lata de aço consegue garantir", afirma a executiva. Em 2013, foram fabricadas cerca de 5,8 bilhões de latas de aço para alimentos, de acordo com a Abeaço.

No ano passado, o setor fabricou 3,5% a mais do que o registrado em 2012. A participação do segmento de alimentos na produção da indústria ficou estável em cerca de 50% do total. Tintas representam em torno de 40% e os outros 10% são usados para outros fins.

"Os fabricantes de tintas têm uma preocupação enorme com a segurança das embalagens, principalmente para evitar falsificação", ressalta Thaís. No ano passado, foram fabricadas 5,7 bilhões de latas para tintas.

A Abeaço estima ainda que, neste ano, o consumo aparente de latas de aço deva registrar um crescimento em torno de 2,8% na comparação com 2013.

Reciclagem

A reutilização de latas de aço na própria indústria não chega a atingir 50%, no Brasil, enquanto a reciclagem de latas de alumínio alcança quase 98% do consumido no País. Com o objetivo de reduzir a dependência dos fabricantes, associados da Abeaço investiram R$ 1 milhão na Prolata, entidade para incentivar e organizar a reciclagem de latas de aço.

"Já fizemos o diagnóstico de 50 cooperativas que vão receber orientação nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo", afirma Thaís. Ela ressalta ainda que o treinamento que envolve a destinação correta das latas já começa neste mês.

Segundo a executiva, o material é classificado, prensado e enviado para siderúrgicas transformarem o produto em novas chapas metálicas.


Veículo: DCI