Geral
09/04/2014 12:16 - Compreender os consumidores das periferias é importante para marcas
Com cerca de 12 milhões de brasileiros a residir em favelas e comunidades periféricas no Brasil, chegou o momento das marcas prestarem atenção no poder de consumo dessa parcela da sociedade. Para especialistas, pouco mais de 70% desse contingente envolve consumidores da classe C, fatia vista como a força motriz do crescimento do varejo.
E eles já mostraram a sua força, com os 'rolezinhos' dentro de shopping centers ocorridos no final do ano passado. Os eventos foram uma demonstração do que esse consumidor quer e as marcas não aproveitaram isso ainda, conforme a sócia-diretora do Grupo Bittencourt, Lyana Bittencourt. "Eles deixaram bem claro que querem ter acesso ao consumo, com destaque às marcas de luxo como Mizuno, Oakley, Lacoste, Abercrombie, Vans, Nike e outras. Mas poucos empresários conseguiram compreender isso", disse a especialista em franquias.
O principal motivo para essa dicotomia de entendimento está relacionado ao posicionamento da marca perante os consumidores de maior classe social. "Essas empresas perceberam que quanto mais os 'rolezeiros' se aproximam delas, mas os ricos se afastam. Isso deve ser trabalhado."
Casas Bahia, Ricardo Eletro e outros players já investiram nessas comunidades. Agora existe a movimentação de redes de fast-food como o Bob's, Coxinha Du Chef e outras, que já conseguiram compreender a importância da presença em tais regiões.
Bom dia comunidade
Para facilitar o empreendedorismo em periferias brasileiras, o presidente de Rede UAI Shopping, Elias Tergilene, desenvolveu um modelo diferenciado de shopping centers. Denominado "equipamento de infraestrutura", o conceito UAI envolve empreendimentos em periferias, tanto que vislumbra, em médio prazo, a inauguração de um shopping na comunidade pacificada Morro do Alemão, no Rio.
Em encontro promovido pela consultoria Gouvêa de Souza (GS&MD), o empresário afirmou que no shopping as marcas de franquias são orientadas a dar a oportunidade de abertura de um ponto comercial aos moradores do Morro do Alemão. "Hoje, a matriz econômica de uma favela é o tráfico e as drogas. Para conseguir estar nessas regiões, sem que a violência atrapalhe, é necessário ensinar outra forma de ganhar dinheiro", explicou ele.
O empresário está embasado na pesquisa "Data Favela", feita pelo instituto Data Popular. "O consumo dessa população acontece dentro da comunidade. Por exemplo, 74% deles fazem suas compras de alimentos e produtos de padaria na favela, assim como 82% recarregam o celular nos pontos de venda local." O empreendimento do Complexo do Alemão, em tese, terá 60% das lojas que já operam por lá. "Temos de privilegiar o empresário local, sem deixar de lado o acesso a marcas que esses consumidores tanto querem. A mão de obra virá da favela também."
Veículo: DCI
Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria