Com proximidade da Copa do Mundo, lojas adotam cores do Brasil e multiplicam produtos para a torcida. De brinquedos e adereços a TVs e bebidas estão escalados para ampliar vendas


A poucos dias do início da Copa do Mundo, o verde e o amarelo tomam conta das ruas e vitrines de Belo Horizonte. Nos shoppings populares e nas lojas mais sofisticadas é possível encontrar os mais variados produtos, que vão desde brinquedos, fantasias e adereços, como chapéus, óculos e máscaras, até as tradicionais camisetas, eletroeletrônicos e bebidas, com preços que cabem em todos os bolsos. O mundial vem em boa hora e anima comerciantes da capital. Alguns deles esperam faturamento até 100% maior do que em meses normais.

Os jogos da competição começam em 12 de junho, mas o comércio de camisas, cornetas, bandeirinhas, unhas postiças decoradas, chapéus, perucas, capas de celulares temáticas está a todo vapor e as lojas já registram crescimento nas vendas. “Vendi mais de duas mil peças de roupas como imitações da blusa da seleção e shorts entre fevereiro e março”, conta Fabiano Martins, proprietário de cinco lojas de artigos esportivos no shopping popular Oiapoque. De acordo com ele, o movimento nesses meses que antecedem a competição já é 80% maior do que nos meses normais e a expectativa é que fique ainda maior entre maio e julho, chegando a 100%. Os preços dos produtos vendidos no estabelecimento variam de R$ 20 a até R$ 50. “Todo mundo só fala em Copa. Os clientes já chegam perguntando das blusas da seleção e ainda vendo das seleções de outros países, mas nada comparada ao verde e amarelo do Brasil”, completa.

“Esperamos um movimento ainda maior do que o da Copa das Confederações no ano passado. É quase um segundo carnaval para nós que comercializamos fantasias e acessórios. Todo mundo quer ficar bonito para torcer e gritar pelo Brasil”, afirma Mírian Fátima, gerente da loja Big Festas no Oiapoque. Para ela, a Copa é uma ótima oportunidade, uma vez que garante o comércio por um longo período, principalmente se o Brasil chegar à final e se consagrar hexacampeão. “Vamos torcer para chegar na final e ganhar, assim a nossa renda aumenta também. Entre maio e julho nosso crescimento deve ser maior que 100%”, calcula.

Quem quiser ficar a caráter para torcer pela seleção canarinha não vai precisar desembolsar muito. Com apenas R$ 2 é possível comprar óculos caracterizados de verde e amarelo, com mais R$ 2 o cliente leva um colar havaiano, com R$ 5 uma tinta para cabelo. As bandeiras de plástico pequenas para deixar os carros no clima da Copa são vendidas a R$ 2 e as de pano, maiores, por R$ 10. Para garantir o batuque, as caxirolas, o chocalho de plástico inventado por Carlinhos Brown que não poderá mais ser usado nos estádios, ainda estão a venda por R$ 5,90 e as buzinas podem ser encontradas a partir de R$ 5.

As blusas da seleção são encontradas por preços a partir de R$ 20 até uma réplica da original a R$ 60. Como os comerciantes estão atentos a tudo e junho e julho também é época de frio, eles estão investindo também em roupas da estação, como as jaquetas de courino que são vendidas a R$ 140 no shopping popular. “O movimento está começando agora e espero que fique mais aquecido quando a competição começar. Vendemos por atacado e para o consumidor final e investimos muito no estoque”, ressalta o comerciante Edwerd Jorge, dono de uma loja no Centro de Belo Horizonte.

Em campo

Para quem ainda pensa em lucrar este ano, a venda de produtos oficiais da Copa do Mundo FIFA 2014 pode render uma boa oportunidade de negócio para empresas de micro e pequeno porte. É possível vender os produtos oficiais da Copa no próprio comércio ou ter uma loja oficial, licenciada pela Globo Marcas, empresa contratada pela FIFA para realizar o licenciamento para produção e venda de produtos oficiais. Os primeiros produtos oficiais do Mundial já estão disponíveis no mercado brasileiro pelo site oficial da Fifa. Estão disponíveis bolas, cadernos, roupas e o mascote Fuleco, entre outros artigos.

Até o momento, cerca de 95 contratos foram fechados pela empresa representante da Fifa, com mais de 70 empresas licenciadas em diversas categorias. Entre os produtos vendidos com motivos da Copa, peças de vestuário, calçados, brinquedos, bolas, papelaria, itens de torcida, souvernir, casa e decoração, bolsas malas e mochilas. A expectativa é de que 2 mil itens estejam disponíveis no mercado até o início do Mundial e sejam vendidos por preços que variam de R$ 10 a R$ 400. Entre os mais procurados, está o mascote Fuleco, além de bonés, camisetas e demais brinquedos.



Veículo: Estado de Minas