A sul-coreana Samsung aposta que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil ajudará a alavancar as vendas de televisores no País, mas já se preocupa também com uma possível 'ressaca' no consumo interno após o término da competição. Pensando nisso, a empresa traçou um plano de atuação para driblar ou amenizar esse movimento.

"A Copa do Mundo alavanca as vendas de televisões no Brasil e, no ano que vem, 60% delas devem acontecer no primeiro semestre. Porém, temos um pouco de receio do 'dia seguinte'. Se todo mundo trocar de televisão na primeira metade do ano, os meses posteriores a Copa sofrerão com o efeito ressaca", disse ontem o vice-presidente de marketing da Samsung para a América Latina, André Felippa, durante evento realizado em São Paulo.

Para fugir dessa tendência, a companhia aposta tanto em novidades como em uma oferta maior de produtos, com destaque para os televisores que integram a categoria premium, como a TV Oled. "Para impedir o 'efeito ressaca', apostamos em uma ampla oferta de produtos e também no segmento premium, mais imune a esse processo. Afinal, aqueles que consomem esse tipo de TV não deixam de comprar", afirmou.

A aposta da multinacional na categoria de televisores com maior valor agregado também pode ser explicada pelo receio de uma possível deterioração de preços no mercado interno.

"Sabemos que essa ressaca vai acontecer, afinal essa é a dinâmica natural do mercado. Agora, o que nós queremos que realmente não aconteça, e vamos fazer o possível para não ocorrer, é uma deterioração de preços no mercado. Tememos que, passada a Copa do Mundo, haja uma pressão sobre preços", explicou o executivo ao DCI.

Apostas

Apesar dos televisores serem o carro-chefe da Samsung para o próximo ano, a marca também aposta em outros dois produtos: celulares e tablets. "Cada vez mais as pessoas utilizam esses aparelhos não apenas para assistir aos jogos, mas também para acompanhá-los por meio das redes sociais", disse Felippa.

Ainda segundo o executivo, as vendas da categoria de celular cresceram muito neste ano e a tendência deve se manter em 2014. "As vendas de celulares cresceram de forma recorde neste ano. Essa é a nossa estrela do momento", concluiu.



Veículo: DCI