Pesquisar é a dica para quem quer economizar na compra dos produtos de primeira necessidade na região. Levantamento realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que a diferença de preços entre os itens pode chegar a quase 300%. É o caso da cebola, que na semana passada podia ser encontrada por R$ 0,99 até R$ 3,69 o quilo (variação de 272%). Na média, as variações de valores da cesta básica nos supermercados pesquisados de 50%.

A orientação dos especialistas aos consumidores é gastar sola de sapato para as compras não pesarem tanto no bolso. Porém, toda a atenção é pouca e é bom lembrar que nos mercados em que é possível adquirir itens mais em conta também se verificam preços elevados. Como exemplo, a mesma loja que vendia o tomate a R$ 3,99 – o preço mais alto da região para o fruto nesse levantamento – comercializava o açúcar a R$ 1,18 o quilo (o valor mais barato do Grande ABC para o derivado da cana-de-açúcar no Grande ABC na pesquisa).

ELEVAÇÃO

Depois de sucessivas quedas, o preço médio da cesta básica nos sete municípios voltou a subir. Porém, foi uma alta pequena (0,82%), próxima da estabilidade. É o que aponta o novo estudo da Craisa.

O aumento foi puxado, entre outros fatores, pelo tomate, que subiu, em média, 14%. Para o engenheiro Fábio Vezzá De Benedetto, que é o responsável pelo estudo, além da grande variação de valores entre um supermercado e outro (nesse caso, chega a 136%), outro fator pode ter pesado para a valorização do fruto: a retirada de promoções no início do mês, próximo ao dia de pagamento dos salários. “Não há nenhum problema climático que justifique essa alta”, disse. O produto que compõe a salada dos brasileiros já chegou, no início do ano, a R$ 15 e atualmente está em R$ 2,76. “Na época, faltava tomate, não acredito que seja o caso agora”, avaliou o especialista.

LEITE

Fato positivo da semana passada foi a diminuição do preço do leite, pela primeira vez depois de alguns meses. A queda foi pequena (de 1,48%). O produto, que agora é encontrado em média a R$ 2,66, começou o ano a R$ 2 e chegou a quase R$ 3. “Talvez tenhamos chegado ao limite”, disse Benedetto.

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) atesta essa avaliação e afirma que a tendência é de estabilidade nas cotações do produto no campo neste mês. De acordo com a instituição, representantes da indústria salientaram que os preços do leite longa vida e do queijo muçarela no atacado de São Paulo chegaram ao limite, visto que o consumidor não deve absorver novos aumentos nos preços.



Veículo: Diário do Grande ABC