Projeto na Silva Lobo visa melhorar infraestrutura no local para atrair clientes. Custo do diagnóstico é de R$ 300 mil

Um dos principais corredores comerciais da Região Oeste de Belo Horizonte, a Silva Lobo será o piloto de um projeto que pretende transformar vias importantes da cidade numa espécie de avenida-shopping. A proposta prevê ações de melhorias na infraestrutura, na segurança e no entretenimento para fomentar o volume de clientes e garantir saltos no lucro, sobretudo, de pequenos e médios empresários. A ideia, batizada de Caminhos, pode beneficiar cerca de 200 lojas do local.

Técnicos do Sebrae já estão prestando consultorias gratuitas e personalizadas a pequenos e microempresários da Silva Lobo. O objetivo é concluir um relatório com orientações para melhorar a gestão do negócio desses comerciantes. Para isso, os lojistas recebem orientações sobre capacitação, gestão, marketing e acesso a mercados. “É uma proposta inspirada no conceito shopping a céu aberto. O orçamento para o diagnóstico, a publicidade e outros custos é em torno de R$ 300 mil. Uma consultoria fará um estudo de tendência de mercado na região. Com os resultados em mãos, vamos buscar parceiros financeiros”, conta a Fátima Trópia, analista do Sebrae Minas.

A especialista acrescenta que a “leitura do território” permitirá transformar a região num ambiente mais agradável à sociedade. O Caminhos, embora tenha como objetivo financeiro alavancar o lucro dos pequenos comerciantes, também beneficiará grandes empresas instaladas na região: “São as âncoras. Na Silva Lobo, há bancos, faculdade, supermercados. Estamos realizando reuniões com essas grandes empresas, pois o projeto prevê a criação de um comitê gestor”.

O escultor Robson Costa, dono da Príncipes dos adornos, que produz e vende peças feitas com ferro, como mandalas e aparadores, está otimista com o projeto. Há cinco anos, ele abriu as portas no último quarteirão da via. “Acredito que a revitalização da avenida vai melhorar o fluxo de visitantes na região e, claro, da clientela. Todos têm a lucrar com esse conceito de avenida-shopping. Estarei presente (no lançamento oficial do projeto)”, disse.

SEGURANÇA O gerente do restaurante Tropeiro da Lili, Leandro Bigão, é outro que deposita boas fichas na proposta de renovação da via. "A região precisa ser revitalizada. Hoje, para se ter ideia, a gente conta quantos estabelecimentos abrem no período noturno. As pessoas se sentem inseguras. Nosso restaurante, fundado em 2009, já foi invadido quatro vezes. Sendo revitalizada a via, a segurança deve melhorar”, acredita.
O lançamento oficial do projeto ocorrerá no dia 12, na sede do Sebrae.



Veículo: Estado de Minas