Segundo os dados da Agas, crescimento foi de 9,7% nos três dias do evento em relação à edição do ano passado

A 32ª Expoagas - Convenção Gaúcha de Supermercados - termina com saldo positivo. Os 340 expositores de diferentes partes do Rio Grande do Sul e de outros estados apresentaram mais de 800 produtos que, em até duas semanas, chegam às gôndolas dos supermercados de todo o Estado. Segundo levantamento, a feira se encerrou nesta quinta-feira com volume recorde de negócios, na ordem de R$ 333,8 milhões – crescimento de 9,7% em relação à edição do ano passado.

O salão de convenções da Fiergs, lotado no último dia do evento, dava mostras da quantidade de visitantes que passaram pela exposição. Segundo apuração, cerca de 37,9 mil pessoas estiveram presentes na convenção até o fechamento – 77% delas representando empresas do varejo. Para o presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a Expoagas cumpriu seu papel de “consolidar-se como uma vitrine para que as empresas locais ganhem espaço”. Prova disso é que, do total negociado, 49,3% foram efetuados junto a varejistas gaúchos, 41,8% a compradores de outros estados, e 9% a empresas de outros 11 países.

O sucesso das vendas - em média R$ 981,7 mil por estande - foi comemorado por Longo, que destacou a importância dos segmentos limpeza, laticínios e equipamentos. No entanto, a principal surpresa foi a queda de 12,9% no número de empresas varejistas visitantes. “Enfrentamos um grande engarrafamento no primeiro dia, e os pequenos e microempresários do Interior também relataram muitos problemas com a falta de empregados”, justificou.

Sobre a possibilidade de uma estagnação no setor, Longo orientou os empresários a buscarem oportunidades. As maiores preocupações da entidade são com as quedas nas vendas, causadas por dificuldades logísticas, com o fato de os pequenos ainda não terem ido às compras de final do ano e com a não desoneração da folha de pagamento do setor. “Mas não podemos esperar uma solução dos governos, que estão preocupados apenas com as gestões. Os governos vivem em uma ilha de fantasia”, declarou.

Durante a convenção, também foram apresentadas as principais tendências de consumo dos gaúchos. Neste ano foi verificado o crescimento da procura por alimentos funcionais, que tiveram um incremento de 12% nas vendas no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2012; por produtos para animais de estimação/pet, com crescimento de 14%; e pelos itens de higiene e cuidados pessoais, que tiveram incremento médio de 11% nas vendas. Além disso, a feira evidenciou a preocupação dos varejistas em investir no negócio, com cerca de 60% deles se dizendo dispostos a ampliar, melhorar ou reformar suas lojas.

Confiante no crescimento tanto da Expoagas quanto do setor supermercadista em 2014, Longo afirmou que é esperado um número ainda maior de negócios e expositores na próxima edição. “Mesmo com uma situação econômica desfavorável, nós vamos inventar alguma coisa para não decepcionar o expositor”, garantiu. O próximo evento aposta no crescimento econômico gerado pela Copa do Mundo e terá como tema “A melhor jogada para os negócios”.



Veículo: Jornal do Comércio - RS