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02/08/2013 10:36 - Avon continua puxando preços para cima

A Avon acelera o ritmo de lançamentos no segundo semestre, junto com maiores investimentos em publicidade e em tecnologia para melhorar ferramentas digitais das revendedoras. Os preços devem continuar subindo.

O diretor executivo de marketing da Avon, Ricardo Patrocínio, diz que a empresa está desenvolvendo produtos com mais tecnologia e quer "elevar a relação custo-benefício para o consumidor".

Entre os lançamentos para este trimestre, uma nova linha de hidratação terá uma loção de 400 ml vendida a R$ 20 - quase 40% acima do preço praticado pela Avon na categoria. Os produtos foram feitos para o mercado brasileiro. A linha de maquiagem Avon, carro-chefe da companhia, foi relançada em julho, com produtos 8% mais caros, em média. E, no primeiro semestre, a empresa relançou o perfume Luiza Brunet, 30% mais caro.

Ontem, a CEO da Avon, Sheri McCoy, disse que a precificação é um dos desafios da empresa. "É uma área na qual não temos tanta competência como gostaríamos". Ela comenta o avanço na categoria de fragrâncias, mas pondera: "Mas nós realmente precisamos descobrir como mover os consumidores para cima na cadeia e ter o preço adequado".

A receita líquida da Avon no Brasil caiu 1% no segundo trimestre, em relação a igual período do ano passado, impactada pelo efeito cambial. Em dólar constante, a receita subiu 4%. A base de consultoras aumentou, mas o valor médio de cada venda diminuiu. As vendas de produtos de beleza ficaram estáveis. O que puxou a receita foi o segmento de moda, com alta de 19%. O portfólio inclui bijuterias, lingeries e sapatos, foi enxugado em 20%, eliminando produtos com vendas baixas.

O Brasil é o maior mercado da Avon, com 1,5 milhão de revendedoras. A Natura, sua maior concorrente, também anunciou na semana passada que seus investimentos e lançamentos estarão concentrados no segundo semestre. A receita da Natura subiu 1,1% no Brasil no segundo trimestre.

No mundo, a receita da Avon caiu 2% no segundo trimestre, para US$ 2,51 bilhões. O lucro líquido recuou 48%, para US$ 32 milhões. A América Latina e a região que engloba Europa, Oriente Médio e Ásia apresentaram leve crescimento, enquanto América do Norte e Ásia Pacífico registraram recuo na receita. Os Estados Unidos, um dos maiores mercados da companhia, continuam em queda.



Veículo: Valor Econômico

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