Geral
30/07/2013 10:17 - Pão carioquinha está até 13,8% mais caro
Dentre as sete padarias pesquisadas pela reportagem, o menor aumento no preço do produto foi de 5,9%
O preço do pão francês (carioquinha) está até 13,8% mais caro em Fortaleza, deixando o café da manhã do consumidor "amargo". Isso acontece porque o preço da farinha de trigo vem subindo desde o fim de junho passado, por conta da alta do dólar frente ao real. Comparando o valor do quilo, o alimento chega a variar 53% de uma padaria para outra.
Considerando o reajuste, na Panificadora Pery, no bairro Vila Peri, o preço saltou de R$ 6,50 para R$ 7,40, segundo pesquisa direta da reportagem.
"A farinha de trigo está cara. Muitos clientes, para não gastar demais, levam uma quantidade menor ou optam por outros alimentos", explica o gerente João Batista da Silva. Dentre as sete empresas pesquisadas, o menor reajuste (5,9%) corresponde à Padaria Montmarttre, na Aldeota. Com a alta da farinha de trigo, o quilo do carioquinha saiu de R$ 8,77 para R$ 9,29. "Tivemos que aumentar o valor do pão. Os clientes perceberam, mas estão consumindo da mesma forma, já que a alta não foi tão grande, se comparado a outras padarias", diz a gerente da Montmarttre, Melissa Parente.
Variação
O preço do quilo do carioquinha chega a uma diferença de 53% entre as padarias pesquisadas em Fortaleza. Na Confeitaria Pão do Lar, na Barra do Ceará, o quilo sai por R$ 6,45. No Empório Delitalia, no Meireles, o preço é R$ 9,90, o mais caro entre as panificadoras pesquisadas. Mas, segundo a gerência do estabelecimento, o valor é o mesmo há cerca de um ano.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos do Ceará (Sindipan-CE), Lauro Martins, isso acontece devido aos custos diferenciados entre. "Várias padarias tem gastos com segurança, ar-condicionado e serviços, oferecendo ao consumidor algo além do produto. Isso é capaz de elevar os gastos da empresa em torno de 40%".
O presidente do Sindipan cita que as diferenças também podem ser atribuídas ao volume de compra das padarias. "O estabelecimento que adquire o trigo em maior volume geralmente consegue descontos do fornecedor. Com a compra planejada, chegam a manter o estoque abastecido por três meses", afirma.
Ele informa que, em relação ao fim de junho, a variação no preço da farinha de trigo já se aproxima de 20%, índice bem acima dos 5% previstos pelos empresários cearenses da panificação. Conforme o presidente do Sindipan-CE, a saca de 50 Kg, que custava cerca de R$ 82, está sendo comprada a R$ 98. "É um aumento que vem sendo gradativo, geralmente é semanal", diz.
A expectativa, conforme explica, é que o preço não sofra uma redução imediata. E isso não está ligado apenas ao valor da moeda americana - já que o Ceará importa trigo, além dos Estados Unidos, do Canadá. A Argentina, por exemplo, para controlar a inflação, vem dificultando o envio do produto, pois o estoque de trigo não é tão grande.
"Antes, 80% do nosso trigo vinham da Argentina. Agora, esse percentual está em torno de 50%. Se a próxima safra não for boa, vamos continuar comprando dos outros países. Além de vender o produto a preços mais altos, cobram tarifas de importação, o que não acontece entre as nações do Mercosul", destaca.
Dentre as sete padarias pesquisadas pela reportagem, o menor aumento no preço do produto foi de 5,9%
O preço do pão francês (carioquinha) está até 13,8% mais caro em Fortaleza, deixando o café da manhã do consumidor "amargo". Isso acontece porque o preço da farinha de trigo vem subindo desde o fim de junho passado, por conta da alta do dólar frente ao real. Comparando o valor do quilo, o alimento chega a variar 53% de uma padaria para outra.
Considerando o reajuste, na Panificadora Pery, no bairro Vila Peri, o preço saltou de R$ 6,50 para R$ 7,40, segundo pesquisa direta da reportagem.
"A farinha de trigo está cara. Muitos clientes, para não gastar demais, levam uma quantidade menor ou optam por outros alimentos", explica o gerente João Batista da Silva. Dentre as sete empresas pesquisadas, o menor reajuste (5,9%) corresponde à Padaria Montmarttre, na Aldeota. Com a alta da farinha de trigo, o quilo do carioquinha saiu de R$ 8,77 para R$ 9,29. "Tivemos que aumentar o valor do pão. Os clientes perceberam, mas estão consumindo da mesma forma, já que a alta não foi tão grande, se comparado a outras padarias", diz a gerente da Montmarttre, Melissa Parente.
Variação
O preço do quilo do carioquinha chega a uma diferença de 53% entre as padarias pesquisadas em Fortaleza. Na Confeitaria Pão do Lar, na Barra do Ceará, o quilo sai por R$ 6,45. No Empório Delitalia, no Meireles, o preço é R$ 9,90, o mais caro entre as panificadoras pesquisadas. Mas, segundo a gerência do estabelecimento, o valor é o mesmo há cerca de um ano.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria, Massas Alimentícias e Biscoitos do Ceará (Sindipan-CE), Lauro Martins, isso acontece devido aos custos diferenciados entre. "Várias padarias tem gastos com segurança, ar-condicionado e serviços, oferecendo ao consumidor algo além do produto. Isso é capaz de elevar os gastos da empresa em torno de 40%".
O presidente do Sindipan cita que as diferenças também podem ser atribuídas ao volume de compra das padarias. "O estabelecimento que adquire o trigo em maior volume geralmente consegue descontos do fornecedor. Com a compra planejada, chegam a manter o estoque abastecido por três meses", afirma.
Ele informa que, em relação ao fim de junho, a variação no preço da farinha de trigo já se aproxima de 20%, índice bem acima dos 5% previstos pelos empresários cearenses da panificação. Conforme o presidente do Sindipan-CE, a saca de 50 Kg, que custava cerca de R$ 82, está sendo comprada a R$ 98. "É um aumento que vem sendo gradativo, geralmente é semanal", diz.
A expectativa, conforme explica, é que o preço não sofra uma redução imediata. E isso não está ligado apenas ao valor da moeda americana - já que o Ceará importa trigo, além dos Estados Unidos, do Canadá. A Argentina, por exemplo, para controlar a inflação, vem dificultando o envio do produto, pois o estoque de trigo não é tão grande.
"Antes, 80% do nosso trigo vinham da Argentina. Agora, esse percentual está em torno de 50%. Se a próxima safra não for boa, vamos continuar comprando dos outros países. Além de vender o produto a preços mais altos, cobram tarifas de importação, o que não acontece entre as nações do Mercosul", destaca.
Veículo: Diário do Nordeste
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