Geral
29/05/2013 11:30 - Fabricante já admite alta de até 4% nas vendas de papelão ondulado
Embora não tenha revisado a previsão oficial de alta de 3,5% nas vendas domésticas em 2013, a Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) já vê margem para crescimento de até 4% nas expedições anuais.
Ontem, a associação divulgou seu boletim estatístico mensal, que mostra que as vendas de papelão, importante termômetro do nível de atividade econômica, cresceram 11,8% em abril, frente ao mesmo mês de 2012, para 291,261 mil toneladas - um recorde para o mês. Com isso, no acumulado dos quatro meses do ano, as expedições totalizaram 1,093 milhão de toneladas, expansão de 5,89%.
Na comparação com os volumes de março, houve crescimento de 4,46%, na série com ajuste sazonal. A tendência é de ritmo forte de vendas nos próximos meses - o terceiro trimestre corresponde historicamente ao melhor período para a indústria de embalagens -, com enfraquecimento no fim de ano.
De acordo com o presidente da ABPO, Ricardo Trombini, a princípio, as vendas estão em linha com as previsões e a entidade não alterou as estimativas originais. "Mas os próximos meses são os mais fortes, sazonalmente, e pode ser que, no ano, o crescimento fique acima de 3,5%, chegando a 4%", afirmou.
Setores que tradicionalmente encabeçam a lista dos principais clientes da indústria de embalagens de papelão ondulado, como alimentos e higiene e limpeza, permanecem como motores do crescimento das vendas. "Bens manufaturados em geral têm maior contribuição", afirmou.
Segundo Trombini, a indústria deu início a um novo ciclo de reajustes, com vistas a repassar ao preço final custos maiores com pessoal, matéria-prima e logística. Na média, o aumento que será aplicado entre maio e julho deve ficar em 12%.
"Houve alta importante nos preços de matérias-primas primárias [fibra virgem] e secundárias [aparas], não apenas no Brasil, mas no mercado internacional", afirmou. "Essa equação, que inclui ainda mão de obra e custos logísticos, mostra a necessidade de um reajuste médio de 12%."
Conforme o executivo, neste momento, a capacidade instalada da indústria está ajustada para a demanda prevista. "As estimativas são as de que o Brasil cresça entre 2,5% e 3% nos próximos anos. A tendência é a de que os investimentos do setor cresçam nessa mesma ordem."
Veículo: Valor Econômico
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