Geral
22/05/2013 11:18 - Salários podem perder fôlego, mas custo do trabalho ainda é gargalo
Criação menor de vagas reduz pressão por reajuste salarial, mas impacto na inflação é dúvida
Os números de criação de vagas formais de emprego em abril divulgados ontem confirmam a desaceleração do mercado de trabalho.
A redução entre o saldo de contratações e demissões mostra que a demanda por trabalhadores vem perdendo fôlego. O resultado disso tende a ser reajustes salariais mais baixos e, portanto, menor pressão para a elevação de preços, principalmente dos serviços.
Embora o fenômeno possa ajudar a reduzir a inflação, a contribuição tende a ser moderada, em consequência dos persistentes gargalos na oferta de mão de obra. Existe um limite, atualmente apertado, para a contribuição do mercado de trabalho para uma inflação menor no Brasil.
Economistas projetam que a taxa de desemprego --atualmente em 5,7%-- deverá subir nos próximos meses, mas pouco, para nível próximo a 6%.
O número parece baixo considerando que o crescimento esperado da economia é de cerca de 3%.
Em 2010, quando o país cresceu robustos 7,5%, a taxa média de desemprego no ano foi de 6,7%.
Não há contradição, no entanto, na combinação dos dados de 2010 em comparação com as estatísticas atuais.
Foi justamente a queda da taxa de desemprego nos últimos anos, ou seja, a incorporação de novos trabalhadores, que viabilizou o crescimento econômico maior.
O estoque de mão de obra desocupada foi sendo absorvido na esteira das forças que contribuíam para a expansão da economia (forte demanda externa pelas commodities produzidas pelo país, aumento das concessões de crédito, maior inclusão social etc.).
O problema é que a formação educacional fraca dos trabalhadores contratados acabou se transformando em freio para o crescimento.
Quanto pior a qualificação da mão de obra, menor sua contribuição para que os setores econômicos se tornem mais produtivos.
Os salários cresceram fortemente, enquanto a produtividade (medida de eficiência) avançou pouco.
Além disso, os investimentos não deram o salto necessário para tornar o processo produtivo mais eficiente.
O resultado é que o crescimento potencial --medida de quanto o país consegue se expandir sem provocar inflação-- parece ter caído.
Isso explica porque, mesmo crescendo a uma taxa relativamente baixa, a economia brasileira continua operando no limite de sua capacidade, com um nível de mão de obra empregada alto em comparação com cenários vistos no passado e pressões inflacionárias ainda fortes.
Os salários, por exemplo, devem aumentar em ritmo menor, mas seguir em alta.
Parece haver um consenso crescente de que, para sair dessa situação de aperto, o país precisa modernizar sua infraestrutura, investir em inovação, acelerar o ritmo de avanços educacionais. Tudo isso leva tempo.
Veículo: Folha de S.Paulo
Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria