Geral
29/04/2013 11:03 - Boca a boca negativo também dói no bolso
Reclamação de clientes pode afetar não só a imagem, mas o valor das empresas
A reclamação de clientes pode afetar não só a imagem, mas o desempenho financeiro e o valor de mercado das empresas, conclui uma pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
Para estudar o fenômeno, a pesquisa do Insper avaliou a relação entre o volume de queixas contra as operadoras de telefonia na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e seus dados financeiros entre o período de 2005 e 2010.
O problema começa a pesar no bolso das empresas quando as reclamações podem abalar sua capacidade de conseguir receitas futuras, concluem os pesquisadores do Insper Danny Claro e Fabio Fragoso.
"Os consumidores insatisfeitos podem deixar de comprar produtos de uma empresa. E, com a marca danificada, ela terá mais dificuldade de conquistar novos clientes", afirma Claro.
"Existe um nível de insatisfação de clientes com o qual a empresa pode conviver. Acima disso, as reclamações podem afetar o valor da companhia", completa Fragoso.
No caso específico das empresas de telefonia móvel, a pesquisa do Insper aponta que, quando as reclamações na Anatel superam o índice de 0,4 queixas por mil linhas ativas, o resultado de uma operadora poderá ser comprometido.
Na maioria dos outros setores, não é possível se chegar a uma métrica tão clara para avaliar quantas reclamações as empresas podem suportar antes de ter seu valor de mercado prejudicado. Mas não faltam casos em que crises de imagem se refletem nas ações da companhia na bolsa de valores.
Um dos casos mais famosos é o de um cantor que colocou um vídeo no site YouTube para protestar contra a quebra do seu violão ocorrida em um voo da companhia americana United Airlines, em 2009.
Em quatro dias, o vídeo teve 4 milhões de acessos e sua repercussão foi apontada na época como motivo para a queda de cerca de 10% na cotação das ações da empresa.
Redes sociais. A insatisfação dos clientes se tornou uma dor de cabeça maior para empresas de todos os setores com a popularização de redes sociais em todo o mundo.
O ato de reclamar de um serviço ou produto ruim para um amigo pode agora alcançar centenas de pessoas com um único comentário no Facebook, por exemplo.
"Tudo o que uma empresa gastou em marketing para construir uma marca pode ser arranhado por um único consumidor insatisfeito", diz a consultora e professora de marketing digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Sandra Turchi.
De acordo com Sandra, a solução é tentar prevenir que uma enxurrada de críticas ou uma única reclamação contra determinada empresa ganhe força na internet.
"As empresas investem muito em campanhas para atrair novos clientes. Mas, às vezes, perdem um novo consumidor porque deixaram uma queixa no 'Reclame Aqui' sem resposta na primeira página do resultado da busca pela marca no Google", explica Sandra.
Prevenção. Para evitar que o dano à imagem chegue ao caixa da empresa, muitas companhias passaram a direcionar parte de seu orçamento de marketing para monitorar sua imagem em redes sociais.
O atendimento, em geral, é feito por agências especializadas em mídias digitais, munidas de equipe e softwares focados em identificar e responder qualquer comentário feito por um internauta sobre uma marca nas redes sociais.
O publicitário Gabriel Borges, presidente da agência Ampfy, afirma que muitos de seus clientes só começaram a pensar em uma estratégia de comunicação para redes sociais depois que viram um volume crescente de reclamações contra a empresa na internet.
"O problema força a empresa a olhar para a rede social. Depois, muitas percebem que há uma oportunidade enorme de trabalhar sua marca neste canal", afirma Borges.
Só na Ampfy há quatro softwares diferentes vasculhando a web para encontrar qualquer comentário sobre as marcas nas redes sociais.
A empresa também tem um sistema que identifica até 30 padrões de frustração do cliente para criar uma resposta adequada para cada problema.
Quem reclama de um produto com defeito, por exemplo, recebe um atendimento diferente em relação ao consumidor que fala mal do atendimento que recebeu em uma loja.
Toda essa estrutura, obviamente, é uma despesa a mais para o orçamento das empresas. Vale a pena? Depende de quanto custa perder um novo ou velho cliente, afirmam analistas.
A Funprint, de Rodrigo Pluciennik, criou novo serviço para imprimir fotos do Instagram.
O usuário compra créditos no 'picdelivery.com' e põe a hashtag #funprint nas fotos que deseja receber em casa. É uma forma de voltar da viagem e já ter os bons momentos gravados em papel.
Veículo: O Estado de S.Paulo
Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria