Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

17/04/2013 08:57 - Protesto na Craisa deixa sacolões desabastecidos

Um dia sem poder abastecer na Ceasa (Central de Abastecimento) da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) trouxe prejuízos ao comércio de frutas, verduras e legumes da região e também a produtores do Interior. Diversos sacolões e hortifrúti ficaram com falta de mercadorias para oferecer aos clientes ontem e contabilizaram perdas de até 25%.

Comerciantes da Craisa fizeram manifestação em frente à empresa municipal ontem pela manhã, em ato que tomou faixas da Avenida dos Estados (no sentido de Santo André para a Capital) para protestar contra as condições estabelecidas na licitação dos espaços da Ceasa.

Devido à falta de abastecimento da Ceasa, o Sacolão Primavera, de Mauá, ficou com prateleiras vazias. "Tive prejuízo de 25% no total de vendas. Faltaram hortaliças e legumes. Ainda bem que tenho outro fornecedor de São Paulo e amanhã (hoje) meu estabelecimento terá todos os alimentos para venda", desabafou o proprietário Vinicius Ribeiro.

A funcionária da Horti Granjeiro Irmãos Kono, instalado no mercado do Rudge Ramos, em São Bernardo, Marina Kono, também reclamou da falta de verduras. "Nossos clientes que compram itens para salada do almoço ou jantar ficaram sem. Tomara que tudo se normalize", esperava. Outro trabalhador do hortifrúti também reclamava. "Fomos lá (na Ceasa) às 4h e estava tudo trancado. Estamos sem nada aqui", afirmou. Se a central de abastecimento da região continuasse fechada hoje, o estabelecimento teria de tentar comprar itens em feiras e, só na quinta-feira, ir ao Ceagesp, na Capital. Os trabalhadores do local, porém, garantiram que vão aguardar reunião com a Prefeitura na tarde de hoje e, até lá, o abastecimento será liberado.

A empresária Silvana Mariângela de Assis, proprietária do Sacolão Adriático, no bairro Jardim do Estádio, em Santo André, também sentiu o problema. "Estou sem morango, uva, caqui, ameixa, e a maça está acabando, provavelmente terei prejuízo", disse ainda sem calcular as perdas. "É muito longe ir ao Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e tem que ficar lá a noite e o dia inteiro", acrescentou.

PRODUTORES - O prejuízo também atingiu produtores que foram ontem à Ceasa para vender suas mercadorias. Foi o caso de Alex Almeida, que veio de Capela do Alto (perto de Sorocaba) com três caminhões carregados de frutas e encontrou as portas do local fechadas. Um dia parado, ontem, já vai significar perdas para ele. "Não fomos avisados de nada. A laranja ainda resiste, mas acho que vou perder as bandejas de mandioca e de milho. Se soubesse nem teria trazido", disse. Ele calcula os prejuízos em R$ 10 mil a R$ 15 mil.

Ceasa retoma operações hoje, após manifestação

A Ceasa volta a funcionar hoje, após mobilização dos atacadistas que vendem mercadorias no local e funcionários dos boxes ontem pela manhã. O protesto é contra as condições estabelecidas na licitação dos espaços da Ceasa.

A Prefeitura abriu concorrência pública no sábado para a concessão dos 55 boxes, estabelecendo como preço mínimo do termo de outorga R$ 90 mil por boxe (cada um com 90 m² ou cerca de R$ 1.000 o m²) pelo prazo de dez anos. Há mais dois boxes com 270 m², que serão licitados pelo mínimo de R$ 302 mil. Além disso, há taxas que somam R$ 7.000 mensais de rateio de despesas comuns (por exemplo, pagamento de água, luz e aquisição de materiais para serviços de reparo e manutenção). Fora isso, o aluguel será reajustado, passando de R$ 1.800 para R$ 2.750. O recebimento das propostas será dia 17 de maio.

QUEIXAS - Vendedores reclamam dos valores. "Sabemos que precisa de licitação, mas queremos o preço justo. Pensávamos em R$ 30 mil, R$ 40 mil. O comércio está devagar. Se não chamarem para negociar, vamos continuar a mobilização", afirmou o vice-presidente da Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC, Júlio César da Costa Pereira. "Está muito alto, para as condições dos comerciantes que estão trabalhando lá. Do que jeito que foi colocado, ninguém (empresas que revende hortifrúti no local) vai ter como pagar", disse o presidente da associação, João Batista de Lima. "É um absurdo. Vão ser R$ 10 mil por mês para pagar", observou o comerciante Edson da Silva Cruz, que tem boxe de frutas.

O superintendente da Craisa, Hélio Tomaz Rocha, disse que o edital segue a Lei de Licitações e notificações do Ministério Público e orientações do Tribunal de Contas do Estado, e que os valores tomam como base pesquisa com outras Ceasas (por exemplo, a de Minas Gerais). Ele acrescentou que também toma como referência licitação aberta em 2006 para alguns boxes vagos, em que houve lances de R$ 20 mil, de R$ 39 mil, mas também houve um de R$ 60 mil pelo prazo de cinco anos.

"Atualizando o valor (R$ 60 mil), daria R$ 74 mil, mas para cinco anos. Se fosse por dez anos, daria o dobro", salientou a diretora operacional da companhia, Ivani Pereira Cerveline. Montante pode ser parcelado em 13 vezes (20% no ato mais 12 parcelas). "Não é sangria desatada", disse Rocha.

Empresa registra prejuízo de R$ 835 milhões

Além das perdas dos clientes que compram suas mercadorias na Craisa, a Ceasa também registrou prejuízo significativo. Segundo informações da Prefeitura de Santo André, estima-se que a Ceasa comercialize por dia, em média, volume de 496 mil quilos de produtos, o equivalente a movimentação média de R$ 835,4 milhões.

Considerando que a empresa ficou fechada por um dia, R$ 835,4 milhões é o prejuízo médio de ontem.

NEGOCIAÇÃO - Após manifestação em frente à Craisa, por volta das 9h30, os comerciantes e seus funcionários rumaram em passeata para o Paço Municipal, para continuar em protesto e buscar diálogo também com os vereadores e com a administração municipal.

A Prefeitura recebeu comissão de representantes dos permissionários e informou, após o encontro, que os valores estabelecidos como outorga mínima foram determinados a partir de pesquisa de mercado e que a redução do valor mínimo ocasionará no aumento da concorrência, mas propôs a revisão das formas de pagamento das concessões.

Contatado depois da reunião, o presidente da Associação das Empresas do Ceasa do Grande ABC, João Batista de Lima, disse que a administração municipal ouviu as queixas em relação aos valores e prazos de pagamento e que vai oferecer proposta hoje, às 16h, em novo encontro.



Veículo: Diário do Grande ABc

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>