Expectativa é de que a comercialização supere em 20% o ano passado.


A semana em que a demanda por ovos de chocolates de fato se aquece inicia agora, mas as vendas já estão elevando o faturamento da rede varejista do Estado. A expectativa é de que, até a Páscoa, a comercialização do produto supere em cerca de 20% a alcançada no mesmo período de 2012. Há redes supermercadistas que contrataram centenas de funcionários temporários para receberem o fluxo de clientes atraído pela data comemorativa.

No grupo Supernosso/Apoio Mineiro, por exemplo, as boas expectativas levaram a uma contratação extra de 200 temporários para o período. Isso equivale a um aumento de 4% no quadro de trabalhadores, conforme informações do presidente do grupo, Euler Fuad.

E os consumidores têm seguido à risca a expectativa inicial do grupo e têm ido as compras em uma proporção maior do que a do ano anterior.

Mesmo com o reajuste aproximado de 10% no preço dos ovos, as vendas também cresceram. Nessa rede, a alta já chega a 10% em relação ao ano passado. "Sabemos que vamos vender mais ainda.  sempre assim. Todo ano entramos a última semana com a sensação que vai ter sobra de ovos e no final falta", afirma.

Como não só os chocolates são símbolos da Páscoa, a lista também abre espaço para peixes e vinhos, por exemplo, as vendas do grupo de um modo geral já estão 20% mais altas que em 2012. "Depois do Natal, a época mais forte de vendas é a Páscoa. Estamos preparados para um crescimento de 20% e ele está se consolidando", afirma Fuad.

Outra rede de grande porte que também está com bons resultados nos dias que antecedem a Páscoa é o Verdemar, que já possui a comprovação de alta de 15% nas vendas, esperada para este ano, conforme informações da assessoria de imprensa do grupo.

Até o Supermais, que não tinha tanta tradição na venda de ovos quanto as redes varejistas maiores, neste ano aposta em bons resultados em decorrência da data. Segundo o gerente comercial do supermercado, Diogo Pertence, a alta nas vendas de ovos será de pelo menos 20%. "Mas temos possibilidade de vender mais, se levarmos em conta os resultados alcançados até agora", afirma.


Análise - Para o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, as vendas de ovos de Páscoa devem crescer em torno de 6% em relação a 2012. A projeção otimista, apesar de bem mais cautelosa do que o registrado em algumas empresas, se justifica pela baixa taxa de desemprego e a melhora na renda do consumidor.

Esses bons resultados que estão sendo confirmados na prática já eram uma expectativa anterior do setor varejista. Segundo uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio Minas), 94,9% dos supermercadistas entrevistados disseram que a Páscoa afeta de forma positiva os negócios. Para 72,6% dos ouvidos, a data vai ser reflexo de mais vendas neste ano do que em 2012.

Para atrair o público para as lojas, as principais estratégias que estão sendo adotadas neste ano são promoções, diversificação do mix, maior preocupação com a visibilidade da loja e melhor atendimento.

Para o economista da Fecomércio Gabriel de Andrade Ivo, o otimismo inicial poderia ser explicado pela redução nas vendas nos dois primeiros meses deste ano. Isso porque os empresários viram na primeira data comemorativa do ano como o momento de reverter o mau momento.



Veículo: Diário do Comércio - MG