Acordo firmado entre a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS) e a Secretaria de Segurança Pública do Estado deve deixar os consumidores e comerciários mais tranquilos após roubos, furtos ou extravios de documentos. Desde o início do ano, as lojas associadas à entidade têm acesso ao sistema de alerta de documentos perdidos registrados em boletins de ocorrência nas delegacias do Rio Grande do Sul e podem também acionar a polícia para tentar impedir o dolo.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o prejuízo causado no setor varejista do País por fraudes ligadas ao uso de documentos furtados chegou a R$ 1,5 bilhão em 2011, montante que deve ter se repetido no ano passado, conforme a entidade. Vitor Koch, presidente da FCDL-RS, afirma que aproximadamente 42 mil lojistas do Rio Grande do Sul são beneficiados, o que abrange apenas os usuários do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), que é administrado pela FCDL.

O sistema faz uma busca de todos os registros de furto ou perda feitos em delegacias gaúchas. Na pesquisa, são contemplados os seguintes documentos: carteira de identidade, CPF, passaporte, título de eleitor, carteira de trabalho, cartão de crédito e cheques. “É uma medida de segurança para os comerciários e para os consumidores, além de ser mais uma arma que inibe a ação de estelionatários”, afirma Koch, que ressalta ainda que a nova resolução evita processos de danos morais acionados contra os estabelecimentos por pessoas que se sentem prejudicadas ao serem cobradas por compras feitas com seus documentos perdidos, por exemplo. As pessoas que perderem os documentos podem continuar se dirigindo a qualquer sede da Câmara de Dirigente Lojista do Estado, onde é possível preencher um formulário para que a informação fique disponível no banco de dados das entidades e nenhuma compra seja autorizada.

No primeiro semestre de 2012, ocorreram 2,4 mil furtos e mais de mil roubos, segundo dados da Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul. Koch ressalta que, com a implantação desse sistema, uma importante dificuldade enfrentada pelos lojistas está solucionada. “O principal problema que enfrentávamos estava ligado à veracidade dos documentos.”

Para a secretaria, o acesso às informações, que são públicas, contribui para melhor operacionalidade das relações de comércio e de consumo. A meta da estrutura é garantir mais segurança para os comerciantes, contribuindo assim para o movimento de negócios na economia gaúcha.



Veículo: Jornal do Comércio - RS