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13/02/2013 08:35 - O alimento da inflação

Em dez anos, o feijão já subiu 197,22%. No ano passado, preço do arroz disparou: 36,67%

 
Os consumidores estão sem saída na hora de escolher a cesta de produtos que vão à mesa. Com a produção abalada por quebras de safras e problemas climáticos, nem mesmo os itens mais tradicionais do prato brasileiro escaparam da onda de aumentos registrada nos últimos dez anos, acentuada nos últimos meses. Dados do IBGE mostram que, no acumulado de 2003 a 2012, os reajustes do preço do feijão chegaram a quase 200%, ante uma inflação de 76,62% no período. O arroz, embora tenha permanecido com preço estável nos primeiros nove anos do governo petista, ficou 36,67% mais caro somente em 2012. Na década, subiu 38,55%. No ano passado, os valores da dupla arroz e feijão subiram mais de 30%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,84%.

O item da cesta que mais aumentou foi o feijão mulatinho, 197,22% desde 2003, mais que o dobro da média não apenas da inflação oficial medida pelo IPCA, mas de todo o grupo alimentação, que teve alta de 90,27%. O preço do feijão carioca (rajado) sofreu reajuste de 94,61% e o do preto, de 48,24% no mesmo período.

Salomão Quadros, superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), atribuiu esse movimento, sobretudo, aos problemas na produção e à diminuição da área plantada. Nos momentos em que o cultivo de feijão fica menos vantajoso, os produtores migram para soja e milho.

— Há um deslocamento na produção. A de feijão, por exemplo, está sujeita a riscos. Se em um ano ela não está boa, no outro, melhora — destacou.

Sem vislumbrar um alívio no orçamento, a diarista Ivone Maria de Sousa faz pesquisa em, pelo menos, quatro supermercados antes de encher o carrinho. Ela lembrou que há dois anos pagava entre R$ 6 e R$ 7 por um pacote de cinco quilos de arroz, hoje o preço ultrapassa R$ 10.

— Além de realizar muita pesquisa, procuramos os dias de promoções específicas nos supermercados — disse.

A dona de casa Maria José Dias trocou as marcas dos alimentos. O pacote de feijão, que antes custava cerca de R$ 2, agora não sai por menos de R$ 4. A saída, disse ela, é andar de mercado em mercado e acompanhar as ofertas pela televisão para encontrar alimentos mais baratos. Com uma dieta especial, o aposentado Marcelo Moreira do Bonfim notou que o preço do litro de leite de soja mais do que dobrou em um ano, de R$ 2,50 para R$ 5,19. As cestas de frutas e legumes também pesaram muito mais no bolso.

— Eu aproveito as promoções para comprar. Mesmo assim, em um ano, passou de R$ 32 para R$ 70 o meu gasto com esses alimentos.

A comerciante Tânia Barros reclamou do preço da farinha de mandioca. Não sem motivos. Segundo o IBGE, o item ficou em quarto lugar no ranking da inflação de alimentos na última década, com reajuste de 273,09% desde 2003, atrás do sal, do caranguejo e da mandioca.

— Custava R$ 4 no ano passado. Agora, pago R$ 7.

A gerente do IPCA, Irene Machado, observou que, para quem come fora de casa, os reajustes foram ainda mais salgados. Enquanto a alimentação no domicílio aumentou 77,15% em dez anos, as pessoas que comem na rua passaram a pagar, em média, 134,52% mais caro. A maior elevação foi no caso do tradicional cafezinho, que sofreu reajuste de 142,24% em uma década. O café da manhã aumentou 134,06%; a refeição, 139,82%; e o lanche, 141,50%.

— Com a melhoria da renda, muitas pessoas absorvem esse aumento. Mas pode ser que outras até voltem a comer mais em casa — disse Irene..

O feirante Florentino Raimundo da Silva almoça cinco vezes por semana na rua. O prato, que no início de 2012 custava R$ 7, agora não sai por $ 9,50:

— Só como em casa duas vezes na semana.

Para atender à crescente demanda, o Brasil importa esses alimentos e tem hoje a China como principal fornecedor. As compras do país asiático cresceram 175% em valor e 132,4% em quantidade. Os chineses tiraram a liderança da Argentina. O diretor de política agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, espera uma queda nos preços do arroz e do feijão, graças ao aumento da produção. Ele lembrou que, no ano passado, a colheita de arroz diminuiu dois milhões de toneladas:

— Serão mais de 12 milhões de toneladas de arroz e 3,3 milhões de feijão.



Veículo: O Globo - RJ

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