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17/01/2013 09:49 - Em novo indicador de comércio, EUA são o maior parceiro do País

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) lançaram ontem, em Paris, um novo sistema estatístico para medir o comércio mundial, com a pretensão de que ele substitua a balança comercial. A fórmula estatística, desenvolvida nos últimos quatro anos, inclui em seu cálculo, entre outros elementos, a balança de serviços integrados a um bem de consumo.

Pelo Indicador de Comércio de Valor Agregado (EaVA), o Brasil teria maior superávit com os Estados Unidos, que superariam a China como maior parceiro comercial do País. Para o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, o indicador deveria substituir a balança comercial como critério de referência.

O principal objetivo do indicador é medir a contribuição industrial e de serviços que cada país agrega a um produto. Segundo a OCDE, o EaVA "rompe com as estatísticas comerciais clássicas", que se limitam a medir os fluxos de exportação e importação de brutos de bens e serviços.

A nova fórmula seria mais completa para explicar as relações comerciais internacionais na época da globalização e dos livres mercados. "As estatísticas tradicionais de comércio talvez não contem toda a história", afirmou Angel Gurría, diretor-geral da OCDE, aproveitando a oportunidade para defender a abertura dos mercados, em especial dos serviços. "A capacidade de cada país de vender depende de sua atitude e determinação em comprar do resto do mundo."

O EaVA, segundo a OCDE e a OMC, seria também uma prova de que toda medida protecionista representa um prejuízo à competitividade do país.

Alterações. Ao considerar a origem do valor agregado, a OCDE e a OMC alteram a lógica da balança comercial, e com isso seu resultado. Segundo o EaVA, as estatísticas de comércio seriam muito diferentes das conhecidas até aqui. Pelo estudo, o "conteúdo estrangeiro" dos produtos eletrônicos fabricados na China, por exemplo, equivaleria somente a 40% do total dos bens. Outro exemplo vem do mercado automotivo: dos veículos produzidos na Alemanha, apenas um terço dos componentes na realidade não são fabricados no país.

A nova lógica também altera o que se sabe sobre o comércio brasileiro. O superávit comercial do Brasil com a China, diz o relatório, seria 45% menor - de US$ 12,1 bilhões para US$ 4,9 bilhões - em valor agregado do que em valores brutos, porque as exportações do País se baseiam em commodities. Já o superávit com os EUA seria maior do que a balança comercial sugere - o que faz dos americanos os maiores parceiros comerciais do Brasil, com US$ 6,6 bilhões de excedente em valor agregado, ante US$ 5,6 bilhões brutos.

"Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil, e consomem 17% de suas exportações em termos de valor agregado, enquanto a China responde por mais 10% das exportações de valor agregado", diz o relatório. "Essa inversão de papéis se deve ao fato de que 60% das exportações brasileiras para a China são de produtos primários, muitos dos quais acabam como bens finais consumidos na Europa e nos EUA." O Brasil também apresenta déficits menores com economias europeias e com a Índia, completa o documento.

A OCDE aponta ainda que, em média, o conteúdo de valor agregado nas exportações brutas do Brasil (10%) e a parte de seus insumos importados utilizados nas exportações (14%) são menores que em todos os 33 países-membros da organização.

Para Gurría e Lamy, os dados atestam que a competitividade das empresas e o desempenho das exportações é cada vez mais dependente da integração dos países numa rede de produção globalizada. Por isso, seria importante trabalhar pela abertura dos mercados, diz o diretor-geral da OMC. "Esses dados têm profundas implicações em políticas de comércio e em negociações", diz Lamy, para quem "as estatísticas de hoje não estão adaptadas às mudanças".

Embora o governo brasileiro aprecie a nova base de cálculo, por sua complexidade e pelas novas informações sobre o comércio, o País tem restrições ao uso político que possa ser feito nas discussões comerciais. "Nossa preocupação é sobre como isso vai ser instrumentalizado", diz Ricardo Guerra de Araújo, chefe do Escritório de Ligação da Embaixada do Brasil com a OCDE.



Veículo: O Estado de S.Paulo

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