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10/01/2013 12:51 - Custos maiores na China animam fabricantes brasileiros de brinquedos

Setor quer levar a participação dos importados nas vendas domésticas dos 50% atuais a no máximo 30%


Ainda que permaneça na dianteira do mercado de brinquedos, responsável por 70% da produção mundial, a China atravessa mudanças estruturais nas questões trabalhistas, com sindicalização e profissionalização dos funcionários, que de certa forma beneficiam a indústria brasileira. Omaior rigor nas exigências sobre as condições de trabalho tem obrigado a China a elevar salários e prover benefícios sociais aos seus funcionários. Esses ajustes resultam no aumento dos preços finais, melhorando a competitividade. Pesquisa da International Council of Toy Industries (ICTI), apresentada durante o Hong Kong Toys & Games Fair, mostra que o aumento do custo de matériaprima, a desaceleração da economia e a apreciação do iuane constituíram entraves às empresas chinesas no ano passado.

Mas contrariando a tendência mundial de dependência do país asiático, o Brasil tem reduzido a quantidade de brinquedos importados, cuja participação foi de60% em2012 e a expectativa é que neste ano caia a 50%. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) prevê que em cinco anos a configuração será ainda mais favorável, com 70% de produção nacional e 30% de importados. “Não me importo em perder para chinês. Não gosto de perder para americano. O Brasil é praticamente o único país a manter o DNA de fabricação de brinquedo, os demais importam. Não queremos comprar produto chinês de americano”, diz Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq,emvisita a feira, que contou com mais de 1.900 expositores de 41 países.

Dados preliminares apontam para uma expansão de 14% da indústria de brinquedos brasileira em 2012, com um faturamento de R$ 3,944 bilhões. Já as vendas para o consumidor, ou varejo, devem chegar perto de R$ 7,5 bilhões. Mundialmente, a indústria movimentou US$ 80 bilhões no ano passado. A combinação de um câmbio mais desvalorizado, greve nos portos chineses e preço externo maior contribuiu para o desempenho doméstico. Além disso, as 523 fábricas de brinquedos instaladas no país produziram 1.659 lançamentos. Para 2013, o prognóstico é de 1.800 lançamentos, com cinco novidades por dia.

Sem contar apenas com as variáveis que beneficiaram a indústria local no ano passado, a estratégia da Abrinq neste ano estará focada em potencializar nossos pontos positivos, dentre os quais estão a criação do designer e desenvolvimento de moldes. “O governo brasileiro quer a indústria de brinquedo no país. Não gastaremos energia para fazer partes e peças, faremos aquilo em que somos bons”, afirma Costa, destacando também que não é interesse a fabricação de partes eletrônicas.

A entidade trabalhará ainda o estreitamento da relação com os países do Mercosul, para que uma fatia da importação seja de nações do bloco; manterá discussão com o governo sobre as alíquotas que incidem no brinquedo brasileiro; buscará consenso sobre as regras de segurança internacionais de forma que não inviabilizem a fabricação doméstica; e permanecerá no controle na alfândega.

E a questão fiscal ilustra bem o ambiente desafiador para a indústria de brinquedos, considerando que 42% do preço de um brinquedo brasileiro é imposto, ao passo que na China é de 2%. “Competir com os subsídios do governo chinês é difícil.”. Mesmo com incentivos do governo e o trabalho da International Council of Toy Industries, que certifica as companhias e garante, dentre outras coisas, a erradicação do trabalho infantil nas fábricas de brinquedos chinesas, o cenário que se tem hoje nas fábricas—instalações precárias, falta de segurança e a extensa jornada de trabalho diário — ainda é transgressor se comparado a indústria brasileira, por exemplo.

O potencial de crescimento do mercado consumidor no Brasil é favorável ainda que considerada a redução de filhos por casais. A média de brinquedos comprados por ano no país é de sete por criança, enquanto no Japão é de 34. Soma-se a isso o ambiente econômico, cujo aumento de renda combinado com a falta de hábito de poupar beneficia o consumo, conforme o presidente da Abrinq. Tudo isso contrabalanceando com o costume do brasileiro de sempre buscar o menor preço em detrimento de qualidade e segurança.


Veículo: Brasil Econômico


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