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23/07/2012 11:41 - Mili projeta faturamento de R$ 1 bilhão para 2014

Perto de colocar em operação a sétima máquina de produção de papéis sanitários, ou "tissue", e na rota para atingir faturamento de R$ 1 bilhão em 2014, a paranaense Mili quer se garantir entre as quatro grandes produtoras de papel higiênico instaladas no país no longo prazo. Para manter-se nesse seleto grupo - no Brasil, mais de 50 empresas, entre as quais a multinacional Kimberly-Clark, disputam um mercado com elevado potencial de crescimento -, a companhia fundada há 30 anos vive um período de forte em expansão.

"Nosso foco, neste momento, é tornar operacional o projeto em curso", afirmou ao Valor um dos dois acionistas da Mili, Valdemar Lissoni, que empresta o "Li" ao nome da empresa. "Mas é fato que não vamos parar na máquina 7."

O projeto em questão compreende a instalação de mais uma linha produtiva de papéis sanitários na fábrica de Três Barras, em Santa Catarina, e a modernização de outra máquina, com início de operação em 2014. No total, foram R$ 250 milhões em investimentos, ante previsão original de aporte de R$ 200 milhões. Como regra rígida de financiamento de projetos, a Mili sempre trabalha com 50% de capital próprio e 50% em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O orçamento maior do que o esperado, explicou Lissoni, deveu-se à percepção de que a empresa poderia aproveitar a ocasião para ampliar a produtividade em equipamentos já existentes. Com o aporte, e a partir do início de 2014, a Mili estará apta a produzir 600 toneladas por dia de tissue, ou algo perto de 220 mil toneladas por ano, um aumento de 50% frente à capacidade produtiva atual.

A nova máquina, que pode entregar 200 toneladas por dia de papéis sanitários, leva a assinatura da Voith, uma das líderes mundiais em equipamentos para a indústria papeleira, e deverá atender também o crescimento da demanda por papel de folha dupla - o equipamento será ajustado aos diferentes tipos de produto conforme o comportamento da demanda.

De acordo com Vanderlei Micheletto, acionista que cedeu o "Mi" à razão social da empresa, embora exista uma forte tendência de expansão nesse segmento, o produto de folha simples ainda encontra vasto mercado e seguirá, indefinidamente, no portfólio da empresa e nas prateleiras do varejo nacional.

Hoje, no Brasil, cerca de 25% do consumo de papel higiênico, conforme Micheletto, corresponde ao folha dupla. "A cultura do consumo de papel higiênico tem mudado, mas não existe isso de apostar apenas em produtos premium. Há crescimento em todos os segmentos", destacou o empresário. Assim, na estratégia da Mili, a única exclusão em termos de mercado é a presença no exterior. "Não pensamos em internacionalização", enfatizou Lissoni. Uma eventual oferta inicial de ações na BM&FBovespa também não está nos planos da empresa e só faria sentido, conforme os acionistas, se houvesse um plano de expansão "extremamente agressivo".

Dessa forma, a chegada à casa de R$ 1 bilhão de faturamento decorrerá exclusivamente dos negócios no mercado nacional - embora o papel higiênico seja o carro-chefe, a Mili produz também fraldas descartáveis e absorventes e tem uma operação pequena de produtos de limpeza.

A meta será alcançada ainda a partir da manutenção do ritmo de crescimento verificado nos últimos anos, com taxas entre 12% e 13% de expansão da receita bruta. Em 2010, o faturamento foi de R$ 631,1 milhões. No ano passado, R$ 711,3 milhões, ou 12,7% mais. "Nosso planejamento prevê a manutenção desse ritmo, que é sustentável considerando-se a nossa estrutura de negócios", ressaltou Lissoni.

Concluída a implantação do projeto de expansão, a direção da Mili já poderá avaliar novas oportunidades. Conforme os sócios, a empresa trabalha com orçamento anualizado, porém com horizonte de cinco anos. Além da unidade catarinense, a Mili tem fábrica em Curitiba (PR), de fraldas e absorventes, e uma unidade de conversão de papéis em Maceió (AL).

Atualmente, a empresa compra celulose de fibra curta de "todos os produtores de celulose de mercado" instalados no país. No caso da fibra longa, as compras são feitas no mercado externo e a direção da Mili não revela o nome dos fornecedores. Material reciclado também constitui importante insumo - hoje, 75% da matéria-prima usada na produção do papel higiênico é de origem reciclada. "Mas já temos tecnologia para um produto 100% reciclado", adiantou Lissoni.


Produto para fins sanitários oferece boas perspectivas



Com pelo menos seis novas máquinas em processo de implantação na América do Sul, o segmento de papéis sanitários, mais conhecido como "tissue", abre boas perspectivas para a indústria papeleira nacional. Enquanto áreas tradicionais, como a de imprimir e escrever, crescem a taxas tímidas e enfrentam a forte concorrência dos importados, o tissue vem registrando elevados índices de expansão e liderando, junto com os papéis para embalagens, os investimentos das papeleiras que têm operações no Brasil.

Projeções menos otimistas apontam que, para atender plenamente à demanda até 2016, o país teria de contar com pelo menos cinco novas máquinas, com capacidade de produção de 60 mil toneladas anuais de tissue. Ou seja: em cinco anos, o volume consumido poderá crescer 300 mil toneladas, chegando a quase 1,2 milhão de toneladas anuais.

Esse adicional representa pouco menos de um terço do volume que foi produzido no ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), em 2011, as produtoras nacionais de papéis sanitários entregaram 972 mil toneladas do produto, das quais 963 mil toneladas consumidas internamente e apenas 8 mil toneladas exportadas.

A explicação para o consumo cada vez maior está na ascensão das famílias à classe média e aumento da renda. À medida que aumenta o poder aquisitivo, não apenas cresce o consumo de itens como papel higiênico e lenços, como é maior a sofisticação das compras - o papel folha dupla, por exemplo, avança sobre o mercado dos papéis de folha simples.

Além disso, o consumo per capita de tissue no país está bem aquém do registrado em países desenvolvidos, o que indica grande potencial de crescimento nos próximos anos. Segundo um levantamento da consultoria independente Risi, que tem sede nos Estados Unidos, o consumo per capita no Brasil passou de 3,3 quilos em 1999 para 4,5 quilos em 2008 - atualmente, gira em torno de 5,5 quilos/habitante. No Chile, esse consumo estava, no mesmo ano, em 10 quilos por habitante. E, nos Estados Unidos, alcançava 24 quilos/habitante.

Mundialmente, o tissue também é o grande responsável pelo crescimento das vendas da indústria papeleira. As projeções mais recentes indicam que o consumo desse tipo de papel deve dobrar até 2019, em relação aos volumes verificados ao fim da última década. Pelos cálculos da ETS (sigla para European Tissue Symposium), organização com fins comerciais que reúne os fabricantes europeus, o consumo global de tissue vai superar a casa de 40 milhões de toneladas por ano em 2019.

Considerando-se esse cenário, é possível afirmar que as seis máquinas em implantação no país, neste momento, deverão dar conta da demanda adicional no médio prazo, porém em pouco tempo novos investimentos serão necessários. Dessa forma, é provável que antes mesmo que se encerre esse ciclo de expansão, uma nova rodada seja anunciada pelas papeleiras. (SF)



Veículo: Valor Econômico



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