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23/07/2012 09:18 - Estagnada, indústria vai desovar os estoques

A combinação de fatores como demora da implementação de medidas do Plano Brasil Maior para o aumento da competitividade industrial brasileira, alta carga tributária, falta de investimentos do setor público em infraestrutura e custos elevados com energia elétrica levará a indústria a quase perder o ano de 2012 em termos de crescimento. Esta é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) depois da reunião ocorrida na sexta-feira entre 44 associações de diferentes segmentos do setor. A expectativa é de que a indústria apresente crescimento próximo a 1% na comparação com 2011. A estimativa é de que a melhora só virá em 2013 com possível expansão de 3% a 4% ante o resultado previsto para este ano.

De acordo com o presidente da entidade, Robson Braga, essa expectativa tem como base o nível de estocagem da indústria, que está acima do planejado para o ano. Conforme a Sondagem Industrial da entidade, de 28 setores da indústria de transformação, 64% estavam com nível de produtos finais acima do plano para esse período do ano, o que pode indicar desaceleração do ritmo de produção para a adequação desses volumes até o final do ano. Apenas 2 apresentaram o indicador 50 pontos; os oito restantes afirmaram que o estoque está abaixo do planejado. De todos os setores analisados pela CNI, 18 apresentaram aumento do nível de estocagem em comparação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o reflexo desses números se deu na expectativa de demanda que caiu de 60,8 pontos para 58,2 em uma escala que vai até 100. Apesar do recuo para esse período do ano, indica que os empresários estão no campo do otimismo (acima de 50 pontos). Os dados compilados pela entidade referem-se ao mês de maio.

"Há setores estocados, como o de autopeças, de aço, e outros setores de produtos primários. Além disso, o de componentes extremamente estocados agora é preciso ver que no final do ano temos o Natal e férias, em muitos setores há aumento de salário e a economia melhora um pouco em termos de consumo; por outro lado, o endividamento das famílias certamente impactará", afirmou o presidente da CNI. "A tendência no futuro é de redução do endividamento, mas no momento, essa situação está retraindo o consumo, por isso temos empresas com estoques elevados tanto na indústria quanto no comércio, e o setor produtivo acaba sem mercado para colocar seus produtos", avaliou ele, que classificou a situação da indústria de ruim.

Para ele, é preciso muita cautela com o crescimento nos próximos meses, tanto que a perspectiva é positiva apenas em 2013, ano em que será possível recuperar o desenvolvimento, parte estimulado por meio das medidas de longo prazo tomadas agora pelo governo como a capitalização do BNDES e a redução de juros.

O setor de bens de consumo, que é notadamente o que mais cresce em termos de vendas no segundo semestre, acaba sendo um dos termômetros para medir o aquecimento da economia neste período do ano, assim como o setor de embalagens de papelão ondulado. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, o ano de 2012 deverá apresentar estabilidade em termos de faturamento para o setor. Em sua avaliação, o Brasil Maior veio atender a uma série de reivindicações do setor, o que deixou as empresas com perspectiva mais otimista. Porém, ele corroborou a sensação dos representantes da indústria ao afirmar que ainda há problemas a serem resolvidos, como aumentar a lista de produtos a terem a desoneração da folha de pagamentos, e mais agilidade na implementação das políticas do plano federal, além da necessidade de novos acordos comerciais para mais exportação. Outro ponto em comum foi a desoneração da energia elétrica, que na opinião da CNI poderia cair 15% ou mais quando se pensa na cadeia do alumínio, extremamente dependente deste insumo na produção, assim como a definição sobre as concessões que vencem em 2015.

"Temos expectativa mais favorável para o segundo semestre deste ano em eletroeletrônicos, eletrodomésticos e celulares; evidentemente, bens de consumo duráveis apresentam a tendência de melhorar no segundo semestre e é o que esperamos", disse Barbato. "Mesmo com essa melhora, a Abinee vinha projetando crescimento mas este ano há estabilidade do faturamento em relação ao ano passado", disse.

Do lado das embalagens, de acordo com o último balanço da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), a produção desse insumo alcançou cerca de 1,6 milhão de toneladas até junho deste ano, volume de representa um crescimento de 1,58% quando comparado ao do mesmo período do ano passado.

Mas não é somente o setor de bens de consumo que vê o problema da energia elétrica como um entrave ao desenvolvimento do setor industrial. Para o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, o insumo precisaria ter menor carga tributária para aumentar realmente a competitividade do setor. E ele indica reduções de encargos e tributos em nível federal e estadual, como o Impostos Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Pis/Cofins e a Reserva Geral de Reversões (RGR).

Diante deste cenário de estagnação e estoques mais altos que o normal, a confiança da indústria no futuro da economia ficou menor. Conforme levantamento divulgado na sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), apresentou queda de 0,3% ante recuo de 0,2% em junho. A pesquisa mostra que o Índice da Situação Atual caiu 1,1%, alcançando o menor patamar desde janeiro do ano passado. Ainda assim, há otimismo sobre o segundo semestre. O Índice de Expectativa, que mostra uma tendência do setor para os próximos seis meses, cresceu 0,5%. A prévia da sondagem demonstra prudência no investimento por parte da indústria, que está receosa com o descasamento entre as projeções econômicas e o crescimento do consumo real.

 
 
Fabricantes apostam em maior demanda no 2º semestre


A indústria brasileira aguarda com ansiedade o aumento natural da demanda no segundo semestre do ano para aliviar excesso de estoques de diversos segmentos, como é o caso de materiais de construção e eletroeletrônicos. A única coisa que pode atrapalhar os planos dos fabricantes é o crescimento do endividamento dos brasileiros.

Para o presidente da Eternit, Élio A. Martins, existe hoje um nível maior de endividamento por parte da população, o que tem contribuído para frear o consumo. "Nesse momento, o desempenho da indústria de materiais de construção não está tão significativo. Podemos dizer que os estoques estão acima do desejado, no limite", afirma o executivo. Ele destaca que, atualmente, o giro de estoques da companhia está em torno de 60 dias. "Se não houver aumento da demanda, teremos de reduzir a produção", diz.

Assim como a Eternit, a Duratex também espera o aumento natural da demanda no segundo semestre. "Nossa capacidade já é preparada para atender ao incremento de pedidos na segunda metade do ano. Ainda assim, aumentamos um pouco o ritmo da produção nos últimos meses do ano", afirma o diretor-financeiro e de Relações com os Investidores da companhia, Flavio Donatelli. Para 2012, o executivo espera crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB).

A fabricante gaúcha de médio porte Soprano, que produz materiais elétricos e utilidades residenciais, também acredita que o endividamento da população com casa própria e linha branca deva inibir o aumento do consumo. "Não estamos prevendo qualquer plano de atendimento extra por conta de incremento dos pedidos. Nem a injeção do 13º salário trará impactos para a indústria", afirma o gerente industrial da Soprano, José Faoro.

Eletroeletrônicos

Apesar do cenário, a Sony mantém sua expectativa de crescimento inicial para o ano fiscal 2012, de 30%, e afirma ter crescido 25% no primeiro semestre do ano calendário (de janeiro a junho). "A estimativa de crescimento do mercado de eletroeletrônicos para as vendas de fim de ano é de 5% a 10% e a Sony está calculando crescer acima disso", afirma o diretor de Vendas da empresa, Ricardo Junqueira. Ele admite, no entanto, que os estoques da companhia estão cerca de 10% acima do previsto, com variação entre os segmentos. "TV é uma categoria onde está um pouco mais acentuado o nível de estoque", relata.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, o segmento de televisores deve fechar o ano com crescimento de vendas de 6% sobre 2011, avanço que deve ocorrer principalmente no segundo semestre, uma vez que de maio a junho a alta foi de 0,62%.

Já na chamada linha branca, a expectativa é que se mantenha nos próximos seis meses o crescimento obtido em razão da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para fogões, lavadoras e refrigeradores. "Se a desoneração for estendida até o fim do ano, o crescimento deve se manter", diz.

 

Veículo: DCI

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