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10/07/2012 11:53 - Líder da Latam quer expandir transporte de carga no Brasil

O diretor-presidente do Latam Airlines Group SA, Enrique Cueto, tornou-se uma das figuras mais poderosas da indústria aérea mundial depois de um esforço de décadas, em que sua  companhia se expandiu a partir de suas raízes no Chile até se tornar a número um do mundo
em capitalização de mercado.

A recém-criada Latam Airlines, fusão entre a brasileira TAM S.A. e a chilena LAN Airlines S.A., nasceu em junho, tornando-se a maior companhia aérea da América Latina em volume de tráfego. Essa também era uma das metas há muito almejadas por Cueto, que tem 53 anos.

A carreira de Cueto no setor aéreo começou logo depois de se formar na faculdade, quando foi trabalhar na Fast Air Carrier S.A., pequena transportadora de propriedade de seu pai, Juan Cueto.Mais tarde serviu como diretor-presidente da empresa por cerca de 10 anos.

Em 1994, o pai de Cueto decidiu assumir o controle da principal aérea do país, a Línea Aérea Nacional de Chile, que mais tarde se tornou a LAN Airlines.

A aquisição marcou a entrada da família Cueto, que inclui o pai, Juan Cueto, e os filhos Enrique, Ignacio, Juan José e a filha Esperanza, no setor de transporte de passageiros. O atual presidente do Chile, Sebastián Piñera, na época um poderoso empresário local, também participou do acordo, que deu a Piñera e à família Cueto o controle acionário da aérea.

"No dia em que compramos a LAN, meu pai nos disse 'Vocês estão no comando', e foi-se embora, pois ele não gosta de gerir empresas", lembrou Cueto, que se tornou diretor-presidente da LAN. Naquele mesmo ano, a LAN comprou sua principal rival no Chile, a Ladeco SA, tornando-se a maior empresa aérea do país.

Piñera e a família Cueto fizeram um pacto entre acionistas que lhes dava controle conjunto da empresa; mas era Enrique e seu irmão Ignácio que administravam a LAN. Piñera vendeu sua participação de 26% na LAN quando foi eleito presidente, em 2010. Os Cueto compraram parte das ações do presidente, aumentando sua participação de 26% para 33,8% e tornando-se assim os controladores. Na nova estrutura da Latam Airlines, a família Cueto ficou com a gestão da empresa.

A LAN fundou subsidiárias na Colômbia, Peru, Equador e Argentina, mas não no Brasil, uma vez que o país limita a participação estrangeira no setor aéreo.

Os executivos da LAN estavam de olho no mercado aéreo brasileiro há mais de 10 anos, já que o país, com seus quase 200 milhões de habitantes, tem metade da população da América do Sul. Em maio, a TAM respondia por 39% do mercado doméstico brasileiro - a maior fatia entre as aéreas do país, segundo a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil.

Cueto começou a conversar sobre uma possível fusão com o fundador da TAM, Rolim Amaro, há mais de dez anos. Em 2001, a morte súbita de Amaro interrompeu as conversações. Mas os irmãos Cueto e os filhos de Amaro, Mauricio Rolim e Maria Cláudia Amaro, acionistas controladores da TAM, retomaram as conversas entre as duas aéreas há sete anos, disse Cueto em uma entrevista ao The Wall Street Journal na sede da empresa, em Santiago.

A forte relação entre as duas famílias remonta a 1998, quando a TAM, a LAN e a TACA Airlines uniram forças para fazer uma encomenda conjunta de aviões da Airbus, obtendo assim melhores preços. Hoje, a frota da Latam Airlines tem aeronaves semelhantes devido àquela compra, disse Cueto.

O primeiro passo de Cueto após a fusão é conectar a malha aérea da LAN à da TAM, mantendo, ao mesmo tempo, cada uma como uma marca separada. Como a TAM já é um nome reconhecida no mercado doméstico, Cueto acredita que é melhor continuar, pelo menos no curto prazo, com a marca TAM.

A nova empresa ainda não divulgou resultados trimestrais, mas os executivos da Latam dizem que o tráfego doméstico brasileiro representa 27% do faturamento da companhia, enquanto que a carga responde por 17%.

A empresa está otimista com sua incursão no mercado brasileiro. Mas a aérea não está imune à crise da dívida da zona do euro, com o setor de carga sendo mais atingido que o de tráfego de passageiros, disse Cueto.

A receita da LAN com o transporte de cargas cresceu apenas 6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, comparado com um ganho de 30% registrado no mesmo trimestre de 2011 em relação ao de 2010. O menor crescimento se deve à queda nas exportações europeias para a América do Sul.

Para dar mais impulso ao setor de carga, Cueto disse que pretende usar a experiência da LAN nesse segmento para reforçar o transporte de cargas no Brasil.

"A TAM voa para 50 aeroportos nacionais, de modo que podemos colocar mais carga nos aviões e passar para aviões maiores, se a o volume de carga aumentar, ou menores, se diminuir", disse Cueto, ressaltando sua paixão pelo setor de carga, onde começou sua carreira.

Mas a empresa enfrenta o desafio de aumentar os lucros da TAM, que estão em declínio. A TAM divulgou lucro líquido de R$ 101 milhões no primeiro trimestre, 22% menos que o mesmo trimestre do ano passado. A companhia aérea brasileira teve prejuízo de R$ 335,1 milhões em 2011, comparado com um lucro de R$ 637,4 milhões em 2010.

"A TAM é uma empresa com vários problemas, como prejuízos e alto endividamento; portanto não será fácil fazer mudanças", disse Cristian Jadue, analista do Santander GBM em Santiago. A TAM divulgou, no fim de março, uma dívida líquida total de cerca de US$ 4 bilhões.

A desaceleração econômica do Brasil, juntamente com um excesso de oferta no mercado aéreo doméstico, também podem retardar uma reviravolta na TAM, dizem analistas. A economia brasileira continua frágil, e segundo projeções dos analistas, deve crescer cerca de 2% este ano, ante 2,7% em 2011.

"O Brasil não está na sua melhor fase, e seu tráfego aéreo vai sentir as repercussões da desaceleração econômica", disse Pablo Álvarez, analista do Banco Penta, do Chile.


Veículo: Valor Econômico

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