Geral
05/06/2012 10:29 - Otimistas para o 2º semestre, fabricantes voltam a investir
A indústria têxtil e de confecções está otimista com relação às vendas no segundo semestre, quando as empresas do setor deverão sentir os benefícios das medidas do Plano Brasil Maior e do melhor patamar de câmbio, consequência da redução da taxa de juros. As têxteis Rhodia e Invista e a confeccionista Universo Íntimo investem apesar da crise, acreditando que dias melhores virão.
"Apesar de o primeiro trimestre ter sido fraco, esperamos que o segundo semestre compense, resultando num crescimento anual da produção de 3% a 5%", diz o presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Bonduki. Já o varejo têxtil deverá registrar alta de até 10% no ano, segundo a entidade.
De acordo com o representante do setor, o segmento de confecções teve queda de 19% na produção no primeiro trimestre de 2012 no País, e de 26% somente no Estado de São Paulo. Já o segmento têxtil registrou redução de 5% em volume de janeiro a março.
"Isso já demonstra que a indústria nacional inicia recuperação, porque ela começa primeiro no têxtil, depois vai para a confecção", afirma Bonduki. No ano de 2011, ao contrário, o setor têxtil teve queda de produção de 15%, e o de confecção, de 5%.
Para o presidente do Sinditêxtil-SP, outro fator que influenciou os resultados da indústria de confecção no trimestre foi o fato de o governo ter anunciado que adotará medidas de contenção de importações, o que fez com que muitos varejistas antecipassem seus pedidos ao exterior.
"O primeiro trimestre mostrou ainda números crescentes, que, se projetados para o ano, resultariam num déficit de US$ 6 bilhões [alta de 20% sobre os US$ 5 bilhões de 2011], mas as medidas de controle aduaneiro devem reduzir a importação ilegal, e o câmbio a R$ 2 ajuda a tornar o produto nacional mais competitivo", diz.
Além da chamada Operação Maré Vermelha, de endurecimento do controle sobre importações, o setor aguarda a adoção de salvaguardas. "O governo ainda está estudando, pois não quer correr o risco de aplicar e depois ser questionado na OMC [Organização Mundial do Comércio]."
As medidas podem incluir sobretaxação de 30% a 50% sobre importações de confeccionados, ou o estabelecimento de cotas por importador e por país. Com isso, o setor espera chegar ao fim do ano com importações estáveis em relação a 2011 (ante alta de 38% no ano passado) e aumento das exportações de 5% a 10%.
Além do aumento da proteção comercial, a entrada em vigor da desoneração de folha, em 1º de agosto, também deverá impactar positivamente o setor.
Investimentos
A Rhodia, do grupo belga Solvay, planeja dobrar sua capacidade produtiva do Emana, fio desenvolvido no Brasil, que promete diminuir os sinais da celulite. "Está em fase de projeto, por isso ainda não temos o valor do investimento. No segundo semestre começam as obras e em meados de 2013 já estaremos com essa capacidade ampliada na fábrica em Santo André", afirma a diretora de Marketing Elizabeth Haidar.
Além deste aporte, a empresa deverá investir US$ 7 milhões na sua área de texturização. "Há um crescimento espantoso do consumo de fios texturizados, voltados para moda casual, esportiva e lingerie", diz a executiva. Em 2011, a empresa já havia investido US$ 10 milhões na etapa anterior do processo, a fiação.
"Não estamos vendo crise capaz de alterar nosso plano estratégico de cinco anos, porque continuamos vendo crescimento tanto no mercado interno quanto na expectativa de exportação, com as medidas do governo e o dólar dando essa competitividade para a produção local", diz.
Ainda assim, a executiva admite que este é um momento mais difícil para a indústria, que levou a Rhodia, há cerca de dois meses, a descontinuar uma linha de produtos para pneus de baixa gama, na sua unidade em Santo André, devido à competição com pneus prontos vindos da Ásia. "Trabalhavam nessa linha 180 funcionários, mas foram demitidos apenas 40. O Emana, por sua vez, gerou uma contratação de mais de 100 pessoas, então, no balanço, nós estamos contratando."
A Invista, fabricante do fio Lycra, anunciou em 2011 a construção de uma nova planta em Paulínia (SP), com investimento de US$ 100 milhões. A unidade deve começar a produzir no primeiro trimestre de 2013. "A nova fábrica aumentará significativamente o volume de produção e nós acreditamos que o mercado brasileiro deve absorver isso", diz a gerente de Comunicação Luiza Barros.
A confeccionista Universo Íntimo (Un.i) também investiu em 2011 em uma nova planta em Mauá (SP), que aumentou em 30% sua capacidade produtiva. "O primeiro quadrimestre de 2012 foi meio lento, com pequeno crescimento, de 5%, mas maio já deu uma decolada e o segundo semestre no nosso setor é muito forte, então devemos fechar o ano com aumento de 20% em faturamento", diz o presidente da companhia, Gilberto Romanato.
As empresas participam do Salão Moda Brasil, evento que gerou R$ 710 milhões em negócios em 2011, com expectativa de crescimento de até 20% este ano.
Veículo: DCI

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