Geral
18/05/2012 10:51 - Fidelizar clientes deverá ser aposta do comércio para crescer em 2012
A nova aposta do comércio brasileiro para manter o ritmo de crescimento este ano deverá ser a fidelização do cliente. Isso porque o volume de vendas do varejo subiu tímidos 0,2% em março ante fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
Para Roberto Nascimento, professor do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP), a pesquisa enfatiza o fato de que o consumidor brasileiro já aprendeu a fazer contas e percebeu o quanto o fato de não dar atenção pode afetar sua saúde financeira. Ainda com informações do especialista, para que o varejo volte a crescer, eles terão que fidelizar seus clientes.
Na opinião de Maurício Morgado, professor da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-Eaesp), o varejo desde 2004 tem sido crescente e a tendência é de que isso perdure ao longo dos próximos anos.
"Não é um cenário tão alarmante, o setor tem se mostrado crescente desde 2004", diz.
Mas, segundo a entidade, mesmo com o crescimento, o índice está abaixo das expectativas - e fatores como a instabilidade econômica e o consumidor mais receoso com seus gastos têm feito com que o setor sofra com altos e baixos.
Para Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Bens do IBGE, o índice apresentado deixa a desejar, e para o varejo crescer é necessário que a economia brasileira como um todo cresça também.
"A alta no varejo vem de acordo com o crescimento da economia, que se esperava que começasse a deslanchar no começo de 2012. Realmente, o crescimento deixa a desejar em relação ao que era esperado", afirma Pereira.
Na análise do especialista do IBGE, o cenário de instabilidade afeta a expectativa de consumo, mas os bancos estão em processo de redução de juros do crédito direto ao consumidor, do cheque especial, do cartão de crédito, e esses fatores, somados, farão com que o consumo seja estimulado. "Temos que aguardar o impacto", diz Pereira.
Seis das 10 atividades pesquisadas pelo instituto apresentaram queda no período.
Combustíveis e lubrificantes teve declínio de 0,3%; artigos de uso pessoal e doméstico, de 0,6%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ficaram no mesmo patamar, 0,6%; veículos e motos, partes e peças apontaram queda de 1,4%; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 6,9%; e livros, jornais, revistas e papelaria recuaram 7,1%.
Segundo Nascimento o consumidor brasileiro é culturalmente mais desconfiado e os recentes escândalos na política com denúncias de corrupção fazem com que os consumidores apertem os freios, mesmo tendo um maior poder aquisitivo. "A parte emocional do consumidor fala alto nesses momentos. Os fatos que envolvem casos como o do Mensalão, entre outros escândalos, fazem o consumidor se retrair e comprar menos", explica o especialista em varejo.
Outro item importante, segundo Nascimento é que o consumidor aprendeu a fazer contas e que por causa disso ele está mais consciente ao fazer suas compras. A inadimplência também tem sido fator determinante no consumo brasileiro; como exemplo, o especialista da ESPM mencionou uma pesquisa realizada pela instituição sobre o número de automóveis devolvidos às financiadoras. "De cada 100 carros financiados em um período de 60 meses, 5,5 são devolvidos no 24° mês", explica.
Comparação anual
Ainda na pesquisa mensal promovida pelo IBGE, na comparação com março de 2011, em volume de vendas o comércio varejista cresceu 12,5%. No ano, o índice apresenta alta de 10,3%, e nos últimos 12 meses, de 7,5%. Na comparação anual, todos os setores do varejo pesquisados pelo IBGE apresentaram aumento do volume de vendas.
Os destaques desse desempenho foram dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com aumento de 12,2%; móveis e eletrodomésticos, de 21,2%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com alta de 14,1%; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com aumento expressivo de 30,5%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, 9,8%; combustíveis e lubrificantes, 5,0%; tecidos, vestuário e calçados tiveram crescimento de 4,1%; e, por último, estão livros, jornais, revistas e papelaria, com alta de 4,4% na comparação anual. Os estados que apresentaram as altas mais significativas no setor são: Roraima, Tocantins, Amapá, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Veículo: DCI

Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria