Geral
08/05/2012 08:11 - "Queda de braço" entre o cafeicultor e a indústria
Durante reunião do Conselho Deliberativo da Política do Café, representantes do Ministério da Agricultura garantiram R$ 4,450 bilhões do Funcafé e do BB para a estocagem da safra 2012. Em uma semana mais curta no Brasil devido ao feriado do Dia do Trabalho (1º de maio), participamos da 62ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), na quinta-feira passada.
Na oportunidade, os secretário de Produção e Agroenergia e diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles e Edilson Alcântara, respectivamente, voltaram a garantir um aporte orçamentário na ordem de R$ 4,450 bilhões para a estocagem da safra 2012 de café do Brasil.
Segundo eles, desse montante R$ 2,450 bilhões (linhas de estocagem, custeio e colheita, FAC e capital de giro para a indústria) são oriundos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e outros R$ 2 bilhões do Banco do Brasil, por meio da exigibilidade bancária.
Ainda na reunião do CDPC, debateu-se o Plano Plurianual 2012-2015 para a cafeicultura. importante destacar a abertura concedida pelo governo fFederal ao setor privado para que apresentemos, até o próximo dia 15, nossas sugestões e aperfeiçoamentos a esse planejamento.
O encontro também foi marcado pela apresentação oficial do novo gerente-gGeral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, e de seu assessor Lucas Tadeu Ferreira. Ficamos muito satisfeitos com o comprometimento e os objetivos apresentados por eles, principalmente no que diz respeito à retomada das ações do Consórcio Pesquisa Café, gerido por essa unidade da estatal, que ficou um ano parada e que, a partir de agora, pretende desenvolver trabalhos de pesquisas objetivando o aumento da produtividade dentro do princípio da sustentabilidade ambiental, social e econômica, além de destacar a transferência de tecnologia e estimular um maior estreitamento entre as instituições do consórcio.
Análise de mercado - Em relação ao mercado cafeeiro, tivemos mais uma semana marcada por alta volatilidade e vendas de fundos. Entre a mínima e a máxima verificadas de segunda a sexta-feira, registramos uma movimentação superior a 1.000 pontos, ou quase 6%.
Os produtores praticamente não venderam cafés na semana passada no mercado físico ou no futuro. Na ausência deles, quem continua oferecendo liquidez nas vendas são os fundos, que mantiveram suas posições vendidas em volume superior a 4 mil contratos (posição short de 4.179 contratos no dia 1º de maio).
Essa exposição nas vendas tem sido acompanhada de rápidas recompras a cada sinal de uma frente fria mais intensa no Brasil, movimento que pode ser aproveitado pelos poucos produtores que ainda tem cafés da safra 2011. Foi o que ocorreu na última quarta-feira, quando o mercado superou US$ 1,85 no contrato jul/12 da Bolsa de NY e foram vistas algumas vendas acima de R$ 400,00 no físico.
Também colaborou para essa ação a valorização do dólar frente ao real na semana, que encerrou os trabalhos na sexta-feira passada acima de R$ 1,90. válido salientar que, com os juros brasileiros sinalizando a possibilidade de permanecerem em movimento descendente, temos um cenário que continua a favorecer o fortalecimento da moeda norte-americana em relação ao real.
Outro dado interessante neste ano é o pequeno volume de vendas futuras feitas pelos produtores, os quais, mais capitalizados do que em safras anteriores e com crédito disponível para financiar a safra, sinalizam não ter interesse em comercializar seus cafés nas bases de preço atuais. Enquanto isso, as exportações brasileiras apresentam forte redução ante 2011, o que deve provocar queda nos estoques dos países consumidores.
Resumindo, o mercado físico assiste uma "queda de braço" entre produtores e indústrias, ao passo que, no mercado futuro, os fundos oferecem liquidez nas vendas, assumindo perigosa exposição.
Neste cenário, os produtores de café que, em sua maioria não necessitam realizar vendas neste momento, possivelmente aguardarão que a insegurança climática provoque recompras dos fundos para fazer vendas em patamares acima dos atuais. A "gangorra" dos preços deve continuar nas próximas semanas.
Veículo: Diário do Comércio - MG

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