Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

03/05/2012 11:12 - Unilever faz aposta em marcas 'de desejo'

Executivo da gigante da área de consumo diz que há espaço para mais produtos de valor agregado no País


Após mais de 20 anos na Unilever, o argentino Fernando Fernandez recebeu, em setembro de 2011, o desafio de assumir o comando da segunda maior operação da companhia no mundo. O Brasil, com faturamento na casa de R$ 12 bilhões, só perde para os Estados Unidos em importância na multinacional anglo-holandesa. Com a renda do consumidor em alta, o executivo percebeu que é possível induzir a expansão no País a partir de marcas de alto valor agregado. "A gente não ignora o processo de transformação trazido pela ascensão de 45 milhões de pessoas à classe C", afirma.

Uma experiência no setor de cuidados com o cabelo provou que é possível apostar em produtos mais caros: em novembro, a Unilever lançou 80 novos produtos de cuidado pessoal no Brasil, com investimento de R$ 500 milhões em marketing. Entre as marcas introduzidas está a Tresemmé, que veio no "pacote" da aquisição da americana Alberto Culver, por US$ 3,7 bilhões, em 2010. "Foi uma forma de trazermos produtos de salão de beleza para o varejo tradicional", diz Fernandez. "E fizemos isso seis meses depois de concluir a aquisição da marca."

Leia os principais trechos da entrevista com o executivo:

A Unilever investiu pesado no setor de cuidados com o cabelo. Há uma aposta mais forte na área de cuidados pessoais?

Todos os nossos segmentos no Brasil (cuidado pessoal, limpeza, alimentos e bebidas e sorvetes) são estratégicos. Investimos de R$ 2,6 bilhões a R$ 2,8 bilhões em marketing por ano. O lançamento da linha de cuidados para cabelo foi importante, com a chegada da Tresemmé no Brasil. Foi uma forma de trazermos produtos de salão de beleza para o varejo tradicional, com ganhos expressivos em um curto período. De março de 2011 para março de 2012, a nossa distância em relação ao segundo colocado na categoria xampu foi duplicada.

O sucesso dessa linha de preço mais alto mostra uma tendência de investimento da Unilever para produtos mais caros?

Não temos marketing de nicho no Brasil, não queremos atender a 10% ou 15% da população. Estamos em 50 milhões de lares brasileiros e temos que ter produtos com uma proposta de valor adequada. Mas a gente não ignora o processo de transformação trazido pela ascensão de 45 milhões de pessoas à classe C. Isso permite o crescimento com marcas aspiracionais, como Omo e Tresemmé.

A Unilever tirou muitas marcas de circulação no início da década. É hora de expandir novamente o portfólio?

Há espaço no Brasil para o desenvolvimento de mercados nos quais já temos presença global. Dá para crescer no setor de sorvetes, por exemplo. Aqui, o consumo médio de sorvete é igual ao das Filipinas. Lá, a renda per capita é de US$ 1,5 mil ao ano; no Brasil, é de US$ 11 mil. E a penetração é similar. Podemos educar o cliente a consumir mais essa categoria.

A Unilever fez recentemente uma aquisição na Rússia. É possível que a mesma estratégia seja usada no Brasil?

A expansão no Brasil não depende de aquisições. Não é um elemento fundamental para o nosso crescimento, embora a possibilidade de uma compra não esteja descartada. Entre as nossas marcas, somente a Arisco é específica para o mercado brasileiro. A Tresemmé é uma marca internacional e o Omo existe globalmente, sob diferentes nomes. A marca de bebidas Ades é regional, existe em toda a América Latina. Temos um grau considerável de homogeneidade, o que eu considero um ponto forte da companhia.

Como foi planejada a introdução dos novos produtos de beleza no Brasil? A fabricação das novas linhas é local?

Depois da compra (da Alberto Culver), o Brasil foi o primeiro mercado em que introduzimos a marca Tresemmé. E fizemos isso seis meses depois de completarmos a aquisição. A fabricação das novas linhas é local, o que significou um estresse em nossa cadeia produtiva e de logística. Temos 11 fábricas no Brasil, que produzem 95% de tudo o que vendemos localmente.

Enquanto a Unilever reduziu seu portfólio de marcas, muitos produtos populares ganharam mercado no País. Isso fez a Unilever perder espaço na parte mais popular das gôndolas?

Preço baixo não significa que o produto terá boa percepção de valor. Queremos atender à necessidade de todas as classes, e nosso portfólio é suficientemente abrangente para isso. Temos produtos como Clear, Dove, Hellmann's e Omo, que têm um posicionamento de preço mais alto, e as linhas Arisco e Seda, que têm um valor mais popular. Não somos uma companhia de nicho.

O que o senhor aprendeu nas Filipinas, um mercado de renda mais baixa, que pode aplicar agora no Brasil?

Fiquei quatro anos nas Filipinas, um país com 7 mil ilhas. A exemplo do Brasil, que é um país continental, tinha um desafio logístico grande. Acredito em eliminar as deficiências do sistema (interno da empresa) para que o consumidor não tenha de pagar por elas. Penso que, assim, possa democratizar o acesso a marcas de desejo.


Veículo: O Estado de S. Paulo

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>