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22/03/2012 09:46 - Segmento de cartões deve crescer 20%
O mercado de cartões deve crescer 20% em 2012, segundo projeção da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). A expectativa é que os plásticos movimentem R$ 805,5 bilhões. A Abecs estima ainda um total de 9,5 bilhões de transações para o ano, aumento de 15% ante 2011. O número de cartões deve crescer 9% e chegar a 746,2 milhões.
O presidente da Abecs, Claudio Yamaguti, disse que o crescimento projetado para este ano, de 20% do faturamento do mercado de cartões de crédito e débito, é uma estimativa "conservadora". Segundo ele, somente após os dados dos primeiros meses será possível traçar uma projeção mais aproximada da expansão do setor em 2012.
"Em 2011, houve uma queda nos percentuais de crescimento, tanto que o governo, preocupado com varejo, passou a tomar medidas, como a redução do IPI e dos juros. Além disso, há fatores externos que não sabemos como podem afetar a economia brasileira. Por isso, somos conservadores com o aumento de 20%", afirmou.
Yamaguti acrescentou que, apesar da projeção para este ano apontar um ritmo de aumento do faturamento inferior ao de 2011, quando avançou 24%, o setor continuará com um crescimento robusto. "A média de crescimento dos últimos anos está na faixa dos 22%", disse.
Ele salientou que a entidade poderá rever a projeção até o final do primeiro semestre deste ano, quando o mercado terá perspectivas das vendas do varejo no segundo semestre - o principal período de vendas do comércio.
Em relação à expansão para 2012, as projeções levam em consideração a continuidade da migração dos meios de pagamento e a inclusão financeira, bem como a manutenção do cenário econômico interno favorável.
Os cartões de crédito devem gerar um faturamento de R$ 465 bilhões, alta de 21%; os de débito, R$ 242,3 bilhões, aumento de 21%; e os plásticos de rede de lojas, R$ 98 bilhões, incremento de 16%.
Transações - O número de transações com cartões de débito deve se consolidar este ano acima das operações com cartões de crédito, segundo o presidente da Abecs. O maior uso do cartão de débito pelos consumidores, de acordo com Yamaguti, foi observado nas transações de valores menores, onde o parcelamento é mais raro.
"A origem do cartão de débito foi para sacar dinheiro nos caixas dos bancos, mas o comércio vem aumentando sua participação nas transações. Essa é uma tendência que vai seguir, já que cada vez mais os estabelecimentos comerciais estão aceitando o cartão de débito, para não perder vendas", disse Yamaguti.
Segundo o executivo, apenas 18% das transações com débito no país são utilizadas no comércio, percentual que deve avançar. O restante das transações é realizado em terminais de autoatendimento de bancos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 75% das compras são feitas com o uso do cartão de débito.
A maior participação das classes sociais C, D e E no consumo brasileiro também é apontada pelo executivo como um dos fatores que deverão impulsionar o volume de transações. "Esses novos usuários já entram no mercado com um cartão de débito, que é vinculado a uma conta bancária", destacou.
No ano passado, segundo a Abecs, dos 8,3 bilhões de transações com cartões no país, houve uma igualdade na distribuição entre o débito e o crédito - cada um respondeu por 3,4 bilhões das operações. Já as transações de cartões de redes de lojas totalizaram 1,4 bilhão em 2011.
Em termos de faturamento, porém, o cartão de crédito deve seguir na dianteira. Dos R$ 670 bilhões movimentados pela indústria no ano passado, o crédito representou R$ 386 bilhões, alta de 23% na comparação com 2010. Já o débito somou R$ 199,8 bilhões ( 25%), e os de rede de lojas, R$ 84,2 bilhões ( 23%).
O tíquete médio dos cartões de crédito somou R$ 113 no ano passado, valor 6% acima do registrado em 2010. Já o valor médio das compras com débito foi de R$ 58 ( 4% ante 2010) e de redes de lojas, R$ 57 ( 7%). De forma consolidada, o tíquete médio avançou 5% no ano passado.
Segundo Yamaguti, outro fator de incentivo ao aumento do faturamento do setor de cartões de crédito vem dos gastos de brasileiros no exterior. No ano passado, esses gastos somaram R$ 21,2 bilhões, representando um incremento de 19% na comparação com 2010. "O resultado pode ser atribuído à valorização da moeda nacional em relação ao dólar e ao aumento do poder aquisitivo da população, que tem viajado mais ao exterior", afirmou.
O total de plásticos no mercado brasileiro encerrou o ano passado em 687 milhões de unidades, distribuídas entre 173,2 milhões em crédito (13% de cartões a mais quando comparado a 2010) e 266,3 milhões em débito ( 7%) e 247,4 milhões em rede de lojas ( 10%). (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG

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