A indústria química brasileira registrou déficit comercial de US$ 3,7 bilhões no primeiro bimestre de 2012. O resultado representa uma expansão de 14,4% em relação aos dois primeiros meses do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

De acordo com informações da entidade, o incremento do déficit comercial reflete a alta de 9,2% das importações entre os períodos, para US$ 5,9 bilhões. Já as exportações cresceram apenas 1,5% na mesma base de comparação e somaram US$ 2,2 bilhões.

Na ponta importadora, segundo a Abiquim, o destaque ficou com os intermediários para fertilizantes, com um total negociado de US$ 893,4 milhões. Entre as exportações, o principal produto comercializado no bimestre foram as resinas termoplásticas, com total de US$ 367,1 milhões.


Braskem - Apesar de ter registrado um incremento de 5,6% nas exportações nos dois primeiros meses do ano, a indústria de resinas termoplásticas, representada em grande parte pela petroquímica Braskem, não tem razões para comemorar. Isso porque as importações no bimestre alcançaram US$ 629,3 milhões, o que resultou em um déficit comercial de US$ 262,1 milhões nos dois primeiros meses do ano.

O déficit comercial da indústria química, de acordo com comunicado da Associação Brasileira da Indústria Química, alcançou US$ 1,7 bilhão no mês passado, com importações totais de US$ 2,8 bilhões e exportações de US$ 1,1 bilhão.

As compras externas de fevereiro cresceram 2,4% em relação a fevereiro do ano passado, mas encolheram 9,9% ante janeiro deste ano. As exportações, por sua vez, registraram queda de 3,1% em relação a fevereiro do ano passado e 5,3% ante janeiro deste ano.


Veículo: Diário do Comércio - MG