Geral
07/03/2012 11:11 - Milho vai dar bons lucros aos produtores
A confirmação da quebra de safra de milho no Sul do país proporcionará ganhos aos produtores mineiros do cereal. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com a queda significativa na safra, os estados do Sul do país, que são fornecedores do produto para as demais regiões brasileiras, deverão em 2012 adquirir o produto do Sudeste. Com a demanda aquecida, a tendência é de que os preços sejam sustentados nos patamares atuais.
De acordo com o coordenador da assessoria técnica da Faemg, Pierre Santos Vilela, mesmo com a previsão de alta na safra mineira do cereal e o avanço da colheita no Sul do Brasil, os preços do cereal continuam em patamares elevados. Apesar da estabilidade observada desde o final de 2011, os valores pagos pela saca de 60 quilos estão em torno de R$ 25, valor suficiente para cobrir o custo de produção e garantir boa lucratividade para os agricultores.
"Com a previsão de aumento da safra, a tendência era de que os preços do cereal recuassem e ficassem em torno de R$ 20 por saca em Minas Gerais. Acreditamos que mesmo durante o pico da colheita de milho no Estado os preços se manterão estabilizados ou com pequena variação negativa", diz Vilela.
A sustentação dos preços se deve à redução da oferta de milho no Sul do país. Além disso, por ser uma região com grande produção avícola e suinícola, a tendência é de que os produtores daquela região passem a comprar o milho do Sudeste, o que irá beneficiar Minas Gerais.
"Ao que tudo indica, a oferta do cereal na região Sul do país será inferior à demanda. O governo já busca soluções, como subsídios para o transporte do milho, para evitar o desabastecimento", adianta Vilela.
Leilão - Com a quebra da safra, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), anunciou o primeiro leilão do cereal para o próximo dia 15. Em nota, o Mapa explica que o leilão tem o propósito de manter abastecido o mercado, especialmente nos estados do Sul, afetados pela estiagem.
O leilão vai destinar à comercialização 80 mil toneladas de milho, 40 mil delas para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e a mesma quantidade para oa Espírito Santo e Rio de Janeiro, além das regiões Norte e Nordeste e do Norte de Minas. Estas é uma forma de o governo abastecer o mercado, diante da carência do produto, e de atender ao setor, que enfrenta dificuldade devido à quebra da safra por conta das oscilações climáticas.
Junto ao leilão também ocorrerá a venda direta, denominada Venda Balcão. Em ambos os casos, a operacionalização será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério.
A safra no Sul do país já foi praticamente encerrada. Em Minas, a colheita está no início. Os trabalhos efetivos deverão ser iniciados entre a primeira quinzena de março e a segunda de abril, quando grande parte da lavoura estará em ponto de ser colhida.
A produção de milho em Minas deverá ficar em torno de 14% superior à colhida em 2010/11. O crescimento poderá ser um pouco menor devido à estiagem em várias regiões do Estado ao longo de fevereiro.
Segundo Vilela, além das chuvas do início do ano, a seca prolongada na Zona da Mata, região Central e Vale do Rio Doce pode impactar negativamente a produtividade da cultura. As chuvas estão praticamente regulares somente no Triângulo e Sul do Estado.
"A fase atual é de enchimento das espigas. Com a seca, este processo pode ser prejudicado, o que impacta diretamente na produtividade. Caso chova nos próximos dias as perdas serão minimizadas", observa.
Estimativa - A estimativa é de que Minas Gerais colha na primeira safra do ano cerca de 7 milhões de toneladas de milho, alta de 14% sobre a safra anterior. Caso o volume seja alcançado, a produção estadual será recorde.
Segundo Vilela, dois fatores foram essenciais para a ampliação da produção de milho em Minas. O primeiro foi a estimativa positiva para o mercado em 2012, com previsão de estoques baixos e preços elevados. Além disso, as perspectivas mais positivas para o cereal em relação a outros produtos, como a soja e o feijão, fizeram com que houvesse maior migração dos produtores. O resultado foi um incremento de 8,5% na área plantada.
Veículo: Diário do Comércio - MG

Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria