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27/12/2011 10:46 - Forte em 2011, alta do leite tende a perder fôlego

Depois de um ano de forte alta nos preços do leite ao produtor e ao consumidor nacional, analistas e fontes do setor ainda divergem sobre o comportamento do mercado no próximo ano. A indústria espera estabilidade ou até mesmo queda dos preços da matéria-prima, mas, na visão da Scot Consultoria, pode ocorrer nova alta, ainda que num patamar bem inferior ao visto em 2010.

Neste ano, entre janeiro e novembro, as cotações do leite ao produtor subiram, em média, 14% em relação a igual intervalo de 2010, de acordo com cálculos da Scot. O custo de produção na mesma comparação subiu 32,9%, principalmente em virtude da alta dos preços do milho e da soja este ano.

"Em 2012, a alta tende a ser menor, 5% a 6% mais do que neste ano, na média", prevê Rafael Ribeiro, analista da Scot. Ele acredita em nova valorização, ainda que mais modesta, pois a demanda deve seguir firme e há concorrência por matéria-prima entre as indústrias.

Conforme Ribeiro, a oferta de leite no país deve aumentar 2% a 3% em 2012 - neste ano, a produção formal e informal está estimada em 31,2 bilhões de litros. "A demanda deve crescer mais do que isso". Ele observa que a esperada redução de custos para este ano - por conta da previsão de uma safra maior de milho - pode estimular a produção.

Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), espera estabilidade ou até uma pequena queda para os preços do leite ao produtor no ano que vem. "O preço foi muito alto este ano e as indústrias estão com margens apertadas por conta de custos altos e da importação de lácteos. A tendência é o preço ser igual ou menor".

De acordo com Barbosa, em 2011 os preços do leite longa vida no atacado subiram 5% a 7% sobre o ano passado. Nos últimos 60 dias, porém, as cotações caíram. Neste mês, estão 3% inferiores a dezembro de 2010. Diante disso, diz, a expectativa do setor é de que os preços voltem a subir já no início do próximo ano.

Ele argumenta, ainda, que as datas dos feriados de fim ano permitiram duas semanas de vendas sem interrupção em 2011, o que deixa os estoques das indústrias mais equilibrados.

Segundo a Scot, no varejo, os preços do leite subiram 17% entre janeiro e novembro na comparação com igual período de 2010. Para o novo ano, Rafael Ribeiro estima aumento entre 10% e 12%.

Assim como Ribeiro, o presidente da ABLV aposta em consumo firme em 2012. "Deve crescer com o aumento do salário mínimo", diz Barbosa. Ele acrescenta que a cautela por parte do consumidor - por conta da crise internacional - deve estimular o consumo de bens não duráveis, como alimentos.

Ambos concordam ainda que uma grande preocupação para o setor no próximo ano continua sendo as importações de lácteos, que foram quase o dobro do registrado em 2010. Entre janeiro e novembro, o país importou US$ 641 milhões, 96,2% mais do que no mesmo intervalo do ano passado, conforme dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, citados por Ribeiro. Já as exportações somaram apenas US$ 88 milhões, 33,1% de queda sobre 2010.

"Não acredito que haverá grande mudança. Os custos de matéria-prima continuam e o dólar ainda não é competitivo para exportação", afirma Barbosa.

Neste ano, o país recebeu grandes volumes de leite em pó do Uruguai, o que incomodou até os argentinos, também fornecedores do Brasil. Para exportar ao mercado brasileiro, os argentinos respeitam um sistema de cotas que limita as vendas de leite em pó. Neste ano, os argentinos tentaram ampliar a cota de 3.300 toneladas mensais para até 5 mil toneladas, mas o Brasil não concordou. No mês passado, um acordo entre os setores privados dos dois países definiu a cota em 3.600 toneladas por mês.

Para o curto prazo, a perspectiva é de queda dos preços, já que é período de safra nas principais bacias leiteiras, de acordo com Rafael Ribeiro, da Scot. Isso já se reflete nos preços pagos aos produtores. Em dezembro, os produtores receberam - pelo leite entregue em novembro - R$ 0,822 por litro, queda de 2,25% sobre o mês anterior, conforme levantamento da Scot.

Segundo Ribeiro, há aumento de oferta nas bacias de São Paulo, Minas, mas no Rio Grande do Sul, a seca está afetando a captação de leite desde novembro.

 

Veículo: Valor Econômico

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