A varejista francesa Carrefour divulgou ontem relatório de vendas globais no terceiro trimestre com menções positivas sobre o Brasil. A companhia destacou que "graças aos esforços de reestruturação" o negócio de hipermercados no mercado brasileiro tem dado resultados.

As vendas brutas sob o critério "mesmas lojas" (pontos em funcionamento no mínimo nos últimos 12 meses) aumentaram 5,7% no país de julho a setembro, em relação a igual período do ano anterior. Apenas em hipermercados, o crescimento foi de 4,6%. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a alta foi de 5,7% - superior à taxa de expansão da companhia em mercados emergentes, de 2,6%.

Já em termos de crescimento a taxas de câmbio constantes, as vendas do Carrefour Brasil no terceiro trimestre aumentaram 7,5%. O Atacadão, rede de "atacarejo" do grupo no Brasil, teve crescimento de 13,2% por esses mesmos critérios. A taxa de expansão desse modelo é quase duas vezes maior que a dos hipermercados e supermercados do Carrefour no país.

Globalmente, a varejista revisou sua estimativa de queda para o lucro operacional deste ano de "cerca de 15%" para uma projeção ainda mais pessimista: redução de 15% a 20% com relação a 2010.

As vendas totais do grupo ficaram praticamente estáveis no terceiro trimestre, com crescimento de 0,3%, para € 22,8 bilhões. Na França, caíram 4,4%. A retração no mercado europeu foi compensada por um "crescimento sólido" nos mercados emergentes, segundo a rede. Na América Latina, desconsiderada a variação cambial e o efeito calendário, o avanço foi de 9,9%.


Veículo: Valor Econômico