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20/09/2011 09:39 - APL reduz produção e traz fogos da China

Nem mesmo a aproximação do fim do ano, época em que as vendas de fogos de artifício disparam, tem motivado as indústrias do polo de Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste do Estado. Segundo o sindicato do setor e empresários consultados pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o réveillon não será suficiente para minimizar a queda de produção acumulada ao longo de 2011, fruto da concorrência com os produtos chineses.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Explosivos do Estado de Minas Gerais (Sindiemg), José Antônio de Miranda, diz que neste ano a produção do Arranjo Produtivo Local (APL) deve ser 40% inferior à contabilizada no exercício passado, índice já registrado no primeiro semestre. Porém, em termos de faturamento, a expectativa é de manutenção da cifra acumulada no ano passado, em conseqüência da venda de artigos importados da China pelo polo. A receita de 2010 não foi revelada.

Miranda explica que os empresários da região já estão cansados de brigar com a concorrência predatória dos chineses e que alguns já investem, inclusive, em contratos com fabricantes asiáticos. Com isso, é possível reduzir o impacto que representa a manutenção de uma produção pouco competitiva.

Das 70 empresas que compõem o APL, pelo menos oito já compram fogos da China e outros sete estão iniciando suas negociações com esse mercado. O número deve aumentar de forma mais acelerada em breve, já que no próximo mês um grupo de empresários de Santo Antônio do Monte vai à Ásia de olho em novos contratos. Conforme os dados do Sindiemg, 30% do faturamento do polo hoje são conseqüência da comercialização de importados.

Desemprego - E o mau momento para a produção nacional se reflete, inclusive, em demissões. Embora não tenha precisado um número, Miranda estima que, em algumas indústrias, a redução do quadro de funcionários chega a 90%.

Além da dificuldade natural de se competir com a China, o presidente do Sindiemg reclama da legislação brasileira que, segundo ele, é um obstáculo para o crescimento das indústrias pirotécnicas. "Precisamos ser certificados pelo Inmetro e a avaliação do produto custa cara. Enquanto isso, os artigos chineses tomam conta do mercado contando apenas com o laudo de um laboratório asiático", compara.

Ele aponta também a dificuldade de acesso a São Paulo, maior mercado consumidor do país. Segundo Miranda, na capital paulista, o comércio de fogos em funcionamento opera na ilegalidade, já que a prefeitura suspendeu todos os alvarás deste ramo de negócios. Visando mudar o cenário atual, o Sindiemg tem buscado alternativas junto ao poder público.

O gerente da Indústria e Comércio de Fogos Tiziu, Rafael Couto, endossa as denúncias feitas por Miranda. Segundo ele, que já demitiu dez funcionários neste ano, a situação atual é insustentável. "Se a invasão da China continuar, não vamos aguentar até a Copa do Mundo", enfatiza.

Na Tiziu, a retração da produção na primeira metade do ano chegou a cerca de 30% em comparação com igual intervalo de 2010. Em relação ao período que se estende de julho a dezembro, Couto avalia que ainda é cedo para fazer estimativas porque as vendas para o fim de ano ainda não foram iniciadas.

Couto reitera que, com o excesso de exigências das leis brasileiras, fica inviável competir com os asiáticos. Ele afirma que precisou, inclusive, abrir mão de investimentos planejados para este ano para atender à legislação. "Isso quando poderíamos estar apostando em melhoria de produtos e marketing", lamenta. Diante da situação adversa que impacta o segmento, Couto já admite o encerramento das atividades da Tiziu depois de 27 anos de mercado.

O presidente do Sindiemg também não descarta a possibilidade de fechar as portas de sua companhia, a Artesanato de Fogos Bandeirantes. Conforme ele, somente neste ano a produção da planta diminuiu 45% e seu quadro de funcionários foi reduzido de 100 para 50 funcionários.

Embora ainda não trabalhe com produtos chineses, a empresa é uma das firmas em fase de negociação para importar os fogos asiáticos. Apesar do cenário pouco favorável para o setor, o executivo está confiante em 2012, ano eleitoral em que tradicionalmente o ramo registra aquecimento.


Veículo: Diário do Comércio - MG

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