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02/06/2011 10:45 - Produtores de feijão do Brasil terão preço mínimo menor

Governo baixa valor da subvenção para o produto nacional a fim de minimizar os efeitos da volatilidade desse mercado. Montante cairá para R$ 72. - São Paulo

 

Com uma redução de 10% no preço mínimo do feijão na safra 2011/2012, o governo brasileiro pretende equilibrar este mercado, cobrindo os custos de produção, e não incentivando o aumento da produção. Entretanto, as importações do produto vindas da China preocupam o setor em relação à competitividade com o produto nacional.

 

Em 2010, a produção de feijão brasileira estava aquém dos volumes consumidos anualmente pelos brasileiros, ou seja, uma produção de 3,3 milhões de toneladas para um consumo de 3,5 milhões. Com isso, os preços do grão se elevaram bastante, e com uma garantia de preço mínimo em R$ 80 nesta safra a produção atingiu um recorde. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de feijão este ano deve gerar volumes superiores a 3,7 milhões de toneladas, o que já provocou a queda de preços pagos ao produtor desde janeiro.

 

Para minimizar essas variações, que acontecem freqüentemente, o governo decidiu reduzir os preços mínimos do feijão em todas as regiões produtoras. O valor passará de R$ 80 para R$ 72, uma queda equivalente a 10%. Com isso, o governo pretende cobrir os custos de produção, sem criar um incentivo extra para o plantio do grão. "Com preços elevados, a oferta do produto tem sido maior num primeiro momento, mas seguida por um desestímulo ao plantio, porque os valores acabam caindo na sequência em função do excesso de oferta no mercado. Queremos reduzir essa volatilidade", afirmou em nota o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.

 

O preço do feijão carioca de melhor qualidade é cotado no mercado paulista a R$ 120 a saca de 60 quilos. O feijão carioca comercial, que possui uma qualidade inferior não ultrapassa a casa dos R$ 85 a saca, e o feijão preto é cotato a menos de R$ 75.

 

Para o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Arroz e Feijão), Alcido Elenor Wandir, existia muita discussão se o preço mínimo de R$ 80 era correto ou não. Mas como o mercado estava bem acima disso, esse valor serviu como estimulo para a ampliação de área por parte dos agricultores. "Ao ampliar essa produção geramos uma super oferta e entramos em 2011 com algumas regiões com preços abaixo de R$ 50 para o produtor, que não cobria os custos de produção. Então essa medida deve realmente balizar o mercado", disse ele.

 

Entretanto, aliado ao problema da super safra e valores mais baixos, as importações de feijão preto da China é que estão preocupando de fato o setor. Nos últimos três anos entraram no país mais de 150 mil toneladas do produto oriundas da Ásia. Anteriormente os grandes montantes eram importados da Argentina. "A situação ficou pior este ano, pois teremos uma super safra, que foi agravada com as importações que continuam acontecendo. O feijão está em queda agora por conta das importações, da Argentina, ou até mesmo essas da China", afirmou Wandir.

 

Para o analista de mercado da Correpar, Marcelo Luders, o feijão que entra no Brasil vindo da China, possui vantagem mercadológica ante a produção nacional. "Esse ano, o Brasil já importou da China. Em primeiro lugar temos uma mão-de-obra muito barata lá, o cambio está ajudando nossas importações e assim fica muito barato importar esse feijão chinês. Isso prejudica a agricultura familiar de estados como do Paraná, de Santa Catarina, e do Rio Grande do Sul", frisou.

 

Para Wandir além dos problemas de concorrência com o produto nacional, o feijão chinês também trás consigo dúvidas em relação a sua qualidade e sanidade. "O problema é que o consumidor brasileiro não sabe o que o produtor chinês usou para plantar esse feijão. Não sabemos que insumos foram usados, e se possuem registros no Brasil. Não sabemos nada, só que o feijão entra como moeda de troca, por outros produtos nossos."

 

Veículo: DCI

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