Geral
25/05/2011 11:19 - Indústrias de café já negociam repasses de até 20% nos preços
Custo médio da matéria-prima subiu mais de 80% em 12 meses
Depois de passarem os últimos 12 meses com preços praticamente estáveis, as indústrias de café já estão em contato com varejistas para negociar reajustes nos preços do café torrado. Por questões estratégicas, elas não revelam percentuais, mas estimativas do segmento indicam que seria necessário elevar entre 15% e 20% o preço no varejo para que os valores fossem atualizados. Atualmente, na média do mercado paulista, o quilo do café é vendido a R$ 10,60.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) mostram que, no varejo, o valor do café torrado e moído tradicional - produto que representa 94% do mercado - teve um reajuste entre 5% e 6% nos últimos 12 meses. No mesmo período, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica subiu 83%, passando da média de R$ 289,46 por saca, em maio do ano passado, para os atuais R$ 530,46.
No mercado internacional, a curva foi semelhante. Na bolsa de Nova York, os contratos de segunda posição de entrega do café arábica - geralmente os de maior liquidez - acumulam ganhos de 97,7% nos últimos 12 meses, segundo levantamento do Valor Data. Em Londres, onde é negociado o café robusta, o ganho acumulado no período foi de 92,3%.
A demora em repassar os preços ao longo do último ano se deve a um conjunto de fatores. A acirrada concorrência entre as empresas no mercado doméstico e a dificuldade em negociar grandes ajustes com o varejo são os dois principais pontos.
"As empresas conseguiram se manter até agora porque tinham estoques que foram formados quando a matéria-prima estava mais barata. Além disso, os preços do café robusta, que tem um peso entre 35% e 40% no produto torrado e moído no varejo, subiram menos que o arábica no mercado interno", observa Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.
Sem estoques, as indústrias precisam comprar a matéria-prima nos atuais níveis de preços. A entrada da safra no Brasil, que começou a ser colhida neste mês, seria um ponto favorável às indústrias, mas a queda esperada até agora está aquém das expectativas. Herszkowicz lembra que a safra deste ano é menor que a do ano passado e que os produtores aumentaram as vendas futuras na bolsa, para garantir o bom nível de preço.
Dados da BM&FBovespa comprovam o movimento. Na semana passada, 16% das posições de café vendidas na bolsa eram de pessoa físicas. No mesmo período do ano passado, essa participação foi de modestos 4%. "Isso significa que o produtor vai guardar o café agora para entregar no mês de liquidação do contrato e reduzir a oferta agora", afirma Herszkowicz.
Veículo: Valor Econômico

Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria