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12/04/2011 09:10 - Galló vai para a cozinha

Com a compra da Camicado, do setor de utensílios domésticos, José Galló, presidente da Renner, abre mais uma frente de crescimento para a rede varejista gaúcha

 

Poucas empresas brasileiras passaram por tantas transformações quanto a gaúcha Lojas Renner. Criada em 1922 pelo filho de imigrantes alemães Antônio Jacob Renner, ela surgiu como revenda de capas de chuva e se transformou em loja de departamento em 1940 – inspirada no formato da carioca Mesbla e da paulistana Mappin. Na época, o portfólio da Renner era composto por peças de vestuário, artigos de cama, mesa e banho, além de utensílios para cozinha. A conversão para o modelo atual, no qual o carro-chefe é o segmento de vestuário, ocorreu em 1991.

 

Na terça-feira 5, José Galló, presidente da Renner, comprovou, mais uma vez, que o gene da mudança está no DNA da companhia. Numa conferência  convocada à última hora, Galló explicou aos analistas de mercado os motivos que levaram a rede gaúcha a assumir o controle da paulistana Camicado. 

 

A transação, avaliada em R$ 165 milhões, incluindo dívidas no valor de R$ 8 milhões, coloca a empresa gaúcha de volta ao chamado setor de utensílios domésticos, que movimenta cerca de R$ 15,7 bilhões no País. “A Camicado é uma empresa bem gerida, mas não estava aproveitando seu potencial de expansão, por falta de fôlego financeiro”, disse Galló. “São negócios complementares porque a consumidora típica da Renner também costuma adquirir produtos na Camicado.”
 

O objetivo do executivo é aproveitar essa complementaridade para abrir um novo espaço para os 16 milhões de usuários do cartão de crédito Renner. Marca tradicional em São Paulo, a Camicado possui uma forte presença no eixo Centro-Oeste-Sul-Sudeste. São 27 pontos de venda que garantiram uma receita líquida de R$ 127,6 milhões em 2010.
 

Na apresentação aos analistas, Galló afirmou que tem grande ambição em relação à Camicado. Pretende encerrar 2015 com 101 lojas e faturamento de R$ 621,6 milhões. “Foi uma decisão acertada do ponto de vista estratégico, pois abre uma nova frente de ganhos para a Renner”, afirma Cauê Pinheiro, analista de varejo e consumo da SLW Corretora. “Até porque a transação não terá impacto sobre o nível de endividamento da companhia.”
 

De acordo com o balanço de 2010, a Renner possui em caixa R$ 630 milhões. Isso a despeito de ter investido pesadamente nos últimos cinco anos, período em que deu um dos maiores saltos de sua história. A política expansionista fez com que sua receita líquida mais que dobrasse, passando de R$ 1,13 bilhão em 2005 para R$ 2,46 bilhões no ano passado.
 

Hoje é a segunda maior do setor, atrás da holandesa C&A. Cresceu tanto que teve de adotar um novo formato de lojas: de tamanho compacto e com área de vendas de até 2 mil m², para caber em cidades de porte médio como Franca, no interior de São Paulo. Até 2015, a meta é abrir 100 unidades nesse modelo.
 

Ocorre que a Renner não está sozinha. As arqui-rivais C&A, Riachuelo e Marisa empreenderam políticas semelhantes. Além de investirem em expansão física, convocaram celebridades para assinar algumas de suas coleções. O último movimento nesse sentido partiu da C&A, que contratou a estilista britânica Stella McCartney, preferida da moçada descolada que tem afinidade com os temas relacionados à sustentabilidade. A resposta da Renner foi a criação da rede de butiques Blue Steel – a mais lembrada entre suas 18 marcas próprias e que possui como alvo as consumidoras na faixa etária entre 18 anos e 25 anos. 

 

Parece não ter sido o bastante na visão do mercado. E isso se refletiu na cotação das ações da empresa, negociadas na terça-feira 5 por R$ 55,55,  muito distante da máxima registrada nos últimos 12 meses: R$ 67,06. Nesse contexto, a Camicado poderia representar uma forma de diversificação segura para a Renner.
 

“A capacidade financeira da Renner e sua estrutura de gestão podem colocar a Camicado em um novo patamar”, diz o consultor André Alves Bianchi, diretor da Cauduro Associados. Ele argumenta que situação semelhante ocorreu, em 2004, nos Estados Unidos. Na época, a rede de supermercados Kmart desembolsou US$ 12,3 bilhões pela Sears, a mais famosa loja de departamento do planeta, e manteve as marcas independentes. Exatamente o que Galló, comandante da Renner, planeja para a Camicado.

 

Veículo: Isto É Dinheiro

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