Geral
31/03/2011 06:44 - Agricultores comemoram os bons preços do tomate
Após amargar prejuízos ao longo de 2010, cotação do produto está em alta.
Os produtores de tomate de Minas Gerais após amargarem prejuízos ao longo de 2010, devido à alta oferta no mercado, o que gerou preços baixos, estão otimistas com os resultados obtidos nos primeiros meses deste ano. Os preços da caixa de 25 quilos do produto estão variando entre R$ 30 e R$ 40. O valor é considerado suficiente para cobrir os custos de produção, que ficam em torno de R$ 12 e R$ 16 dependendo da tecnologia aplicada na cultura.
Para o extensionista da Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), escritório de São José da Varginha, na região Central do Estado, José Eustáquio Bortoni, os agricultores do município ampliaram em cerca de 20% a produção para atender a demanda e minimizar as perdas acumuladas em 2010.
No ano passado, São José da Varginha, que é o terceiro maior produtor de tomates do Estado, utilizou uma área plantada de 200 hectares e obteve produção média de 14 mil toneladas. Para este ano estão previstas a produção de 17 mil toneladas do fruto.
"Até o momento, o produtor está lucrando com a atividade e recuperando as perdas resultantes da produção de 2010. A maior aplicação de tecnologia e de tratos culturais adequados também está contribuindo para uma produtividade maior a custos reduzidos", disse Bortoni.
Outro fator que impulsionou os preços foram as chuvas registradas em março em algumas regiões, o que comprometeu a oferta e a qualidade do tomate. Neste caso, os agricultores da região Central de Minas foram beneficiados, já que conseguiram disponibilizar produtos no mercado com qualidade superior.
Cautela - As expectativas dos produtores de São José da Varginha em relação ao restante do ano são cautelosas. De acordo com Bortoni, a orientação da Emater-MG para os produtores é que não amplie a produção entre maio e agosto, época de safra do produto.
"Nesse período dependemos das condições climáticas do Sul do país, que também é produtor. No ano em que acontecem geadas, os produtores mineiros conseguem vender o tomate a preços elevados, porém se o inverno for menos rigoroso, o fruto do Sul do país atende a demanda proveniente principalmente de São Paulo. Nesse caso, o tomate mineiro fica sem mercado e causa prejuízos para os produtores", disse Bortoni.
Uma das apostas para ampliar os rendimentos com a cultura do tomate na região de São José da Varginha é a inauguração do balcão do produtor prevista para maio deste ano. Ao todo foram investidos R$ 450 mil no projeto provenientes de investimentos dos governos federal, estadual e municipal. A Emater-MG é responsável pela assistência aos produtores.
De acordo com Bortoni, a partir de 2012 os produtores do município e região poderão contar com um maquinário próprio para selecionar os tomates, fazer a lavagem e embalar os frutos. "Atualmente toda a seleção é manual. Com a inauguração e o processo mecanizado haverá uma padronização superior do produto, que passará a atender mercados mais exigentes e a preços mais lucrativos", avaliou.
O aumento da rentabilidade também acontece em Araguari, no Triângulo Mineiro. A produção gerada no município é a maior do Estado. Em 2010 foram colhidos cerca de 37,8 mil toneladas de tomates em uma área de 445 hectares. Para 2011 não estão previstos aumento na produção.
Conforme o extensionista da Emater-MG, unidade Araguari, Alberto José de Almeida, os preços pagos pela caixa de 25 quilos de tomate estão em torno de R$ 40, o que gera lucro satisfatório para os produtores. O custo de produção em Araguari é de R$ 15 por caixa.
"Grande parte dos produtores que registraram perdas financeiras em 2010 está conseguindo recuperar os prejuízos. A valorização do tomate se deve principalmente às chuvas registradas no início de março, que comprometeram parte da produção, controlando a oferta e proporcionando preços elevados", avalia Almeida.
A produção de tomates em Minas Gerais chegou a 485,4 mil toneladas em 2010, o Estado responde por cerca de 13% da safra nacional, perdendo apenas para Goiás e São Paulo. A principal região produtora é a Central, que responde por 26,5% da produção mineira. Os principais mercados atendidos são Belo Horizonte e São Paulo.
Veículo: Diário do Comércio - MG

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