Maioria dos adeptos aos genéricos são mulheres e a classe C.

Pesquisa realizada pelo Instituto Methodus sobre hábito de consumo de medicamentos revela que 68% dos entrevistados consideram comprar um genérico quando recebem a prescrição de um médico. Entretanto, segundo a socióloga Margrid Sauer existe um desconhecimento por parte dos consumidores entrevistados, na comparação entre os Genéricos e Similares, o que pode comprometer a imagem dos genéricos. "Alguns acreditam que a diferença é apenas o laboratório e que o medicamento similar é composto por outra substância "similar" à substância que compõe o original e genérico".

Ainda assim, o estudo demonstra que a adesão ao genérico não para de crescer. 48% da amostra opta pelo genérico se ele custar qualquer quantia mais barato, independentemente do tipo de medicamento ou da complexidade da doença. Conforme Margrid, essa relação vale tanto para um medicamento para tratar uma dor de cabeça, quanto para um antibiótico.

A pesquisa desenvolvida na Região Metropolitana de Porto Alegre envolveu 601 entrevistados de ambos os sexos, classes sociais A, B e C e níveis de escolaridade do ensino fundamental ao superior.

Mercado -O mercado mundial de genéricos cresce aproximadamente 17% ao ano e movimenta aproximadamente US$ 80 bilhões, com crescimento previsto para 2012 em torno de US$120 bilhões. No mercado mundial, os Estados Unidos têm especial destaque, com vendas de genéricos da ordem de US$ 22 bilhões. Os genéricos correspondem a 60% das prescrições nos EUA e custam de 30% a 80% menos que os medicamentos de referência. De acordo com o Relatório do Congressional Budget Office CBO (1998), os consumidores norte-americanos economizam entre 8 e 10 bilhões de dólares ao ano com a aquisição de medicamentos genéricos.

No Brasil, os genéricos respondem por 20,6% das vendas em unidades no conjunto do mercado farmacêutico. Em países como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, onde o mercado de genéricos já se encontra mais maduro, a participação desses medicamentos é de 30%, 35%, 60% e 60%, respectivamente.

Instituto Methodus - Fundado em 1995, o Instituto Methodus atendia, sobretudo, partidos políticos e prefeituras. A pesquisa política deu credibilidade e visibilidade ao trabalho, despertando o interesse de outros segmentos. Hoje, realiza consultorias e pesquisas para empresas de diferentes áreas de negócio, além de órgãos governamentais. Com a matriz em Porto Alegre, o Methodus desde o ano passado também conta com uma unidade em São Paulo, onde tem atendido, entre outros clientes, grandes empresas do segmento farmacêutico como Pfizer, Nycomed Pharma, Laboratórios Stiefel, empresa do Grupo britânico GlaxoSmithKline (GSK), e a Unitah, especialista na intermediação de negócios na área da saúde. No RS, a carteira conta com clientes como Centro das Indústrias do RGS, UNIVIAS, Sun Brand (Competence), Lojas Quero Quero, Secovi/Agademi-RS, Assintecal, ATIVA Comunicação, Correio do Povo, Grupo Sinos, Associação dos Diários do Interior do RS, entre outros. | *PróGenéricos.

Veículo: Revista Fator Brasil