Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

22/02/2011 11:43 - Caros no prato, desvalorizados no campo

Preços do feijão e do arroz pagos a produtores não acompanham tendência observada pelo consumidor

 

O atual patamar de preços ao consumidor da dupla arroz e feijão está bem distante dos níveis pagos aos agricultores que os produzem. Incluídos na lista dos "vilões da inflação" em boa parte de 2010, os componentes da tradicional dieta dos brasileiros tiveram seus valores reajustados para baixo no campo nos últimos meses, enquanto nas gôndolas do varejo eles permaneceram valorizados.

 

Entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011, o indicador de preços do Cepea/Esalq para o arroz colocado na indústria do Rio Grande do Sul recuou 29,3%, fechando o mês passado a um valor médio de R$ 22,63. No mesmo período, o pacote de três quilos dentro da cesta básica comercializada na cidade de São Paulo recuou modestos 1,5%, para R$ 5,97 em janeiro passado, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

 

No caso do feijão, a situação é ainda mais diferenciada. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná - maior Estado produtor do país - mostram que, em 12 meses até janeiro, a saca recuou de R$ 65,25 para R$ 55,86. Na cesta básica, no entanto, o feijão seguiu o caminho oposto e acumulou uma valorização de 29,8%, conforme os dados do Dieese.

 

A instabilidade das cotações aos agricultores fez com que novamente o governo tomasse medidas para evitar uma retração ainda maior, uma vez que os atuais patamares são inferiores aos garantidos pela política de preços mínimos. Mas a decisão do Ministério da Agricultura de comprar e apoiar o escoamento de 1,78 milhão de toneladas de arroz e feijão, anunciada há quase 20 dias ainda não surtiu os efeitos esperados.

 

"O mercado está em compasso de espera. Os preços pelo menos pararam de cair, e no caso do feijão estão até subindo um pouco, mas muito mais pela baixa disponibilidade de um produto de melhor qualidade do que pelas medidas anunciadas pelo governo", afirma Carla Corbeti, analista da consultoria Safras & Mercado. Ela lembra que, tanto para o arroz quanto para o feijão, o governo ainda não anunciou os valores, prêmios ou mesmo quando vai realizar os leilões de Aquisições do Governo Federal (AGF) e de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP).

 

A tendência divergente para os preços do feijão ao consumidor e ao produtor deve-se, em boa medida, ao baixo nível de organização da própria cadeia produtiva, além da falta de uma política adequada para estabilização das cotações. Para a analista da Safras & Mercado, os atuais preços ao consumidor ainda refletem a valorização das cotações ao produtor nos meses de setembro e outubro de 2010. Aquela alta foi alavancada pela queda na oferta do produto - causada por uma depressão dos preços no início do ano passado.

 

É essa histórica gangorra que deve fazer os valores do feijão pagos ao produtor subirem novamente no segundo semestre, o que poderá novamente pesar sobre os índices inflacionários. "O atual preço não incentiva o plantio da segunda safra, fato que vai reduzir a oferta e pode puxar os preços novamente no segundo semestre", afirma Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe).

 

No caso do arroz, a queda nas cotações em plena entressafra da cultura foi resultado de uma combinação de fatores. No ano passado, o governo prorrogou os Empréstimos do Governo Federal (EGF) feitos para custear as lavouras gaúchas. Para quitar os empréstimos que começaram a vencer, os produtores começaram a entregar arroz para se capitalizar, elevando a oferta do produto no mercado. No mesmo período, a importação do cereal do Mercosul aumentou, motivada pela entressafra e pelo câmbio favorável a aquisições em outros países.

 

"Ainda temos uma perspectiva muito positiva para a safra. Os reservatórios gaúchos ficaram normais, mesmo com o La Niña, e devemos ter uma safra cheia no Rio Grande do Sul, entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas", afirma Cláudio Brayer Pereira, presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

 

Veículo: Valor Econômico

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>