Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

01/02/2011 10:43 - Chuvas provocarão perda de 30% no feijão de SP e do PR

Se o governo não cumprir a promessa em garantir R$ 80 por saca, ante os R$ 60 pagos atualmente, produtores podem reduzir as suas áreas de plantio

 

Os produtores de feijão de São Paulo e Paraná podem acumular perdas em suas safras de até 30% devido, principalmente, às chuvas excessivas que atingem os estados desde dezembro. Além disso, o setor está muito preocupado com a rentabilidade da cultura que, segundo o Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), pode gerar novas reduções de área.

 

A colheita de feijão no estado paranaense já começou. No entanto, as fortes chuvas que atingiram diversas regiões brasileiras no princípio do ano geraram perdas estimadas de até 30% na produção. "Em pleno período de colheita no Paraná o volume de chuvas e o clima não ajudaram o produtor. Não temos nenhum dado consolidado, mas estimamos que as perdas foram muito grandes." comentou o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.

 

Para o produtor paranaense, Sebastião Prestes as condições meteorológicas não somente geraram perdas superiores aos 30% estimados pelo instituto, como afetaram diretamente na qualidade do grão colhido. "As perdas pela condição meteorológica foram superiores a 30%, porque as chuvas não somente influíram na quantidade colhida, mas na qualidade também, porque não pudemos fazer os tratamentos adequados a lavoura, como aplicar defensivos e isso pode elevar para mais de 50% as perdas", disse Prestes, da fazenda Santa Fé de Serra, na cidade de Castro (PR).

 

Já no estado de São Paulo, que terminou grande parte de sua colheita ainda em dezembro do ano passado, as perdas foram um pouco menores, de 20% a 25%, afirmou Lüders. "As colheitas do estado paulista praticamente terminaram no final do ano passado. Estimamos que a quebra pode chegar até 25%, entretanto diferentemente do Paraná, por ter terminado a colheita antes, o impacto nos preços do produto foram menores", disse o presidente.

 

No Brasil, o Ibrafe acredita que a produção pode ficar até 20% menor. Com isso, Lüders prevê que o mercado nacional ficará com uma quantidade limitada de produto. "Por conta de tudo isso, não teremos feijão para atender o mercado até a próxima safra, tão logo o feijão ficará mais caro ao consumidor. O problema é que não é o produtor quem está ganhando mais, mas sim o varejo."

 

Lüders comentou que o produtor brasileiro já acumula perdas de 25% nos preços obtidos, e se o governo não começar a cumprir a promessa em garantir pelo menos R$ 80 por saca de 60 quilos, ante os R$ 60 obtidos nas comercializações, os produtores podem reduzir ainda mais as áreas de plantio. "Estivemos na câmara setorial em novembro do ano passado, e alertamos que haveria a necessidade já em janeiro, do governo interferir com AGF, que é a aquisição do governo federal. O problema é que cada vez que nos reunimos existe uma desculpa. Hoje o feijão está sendo vendido entre R$ 60 e R$ 65 por saca. Então o produtor tem perdas de 25% no preço", disse ele.

 

Para o presidente caso o governo não interfira, conforme o prometido, os produtores tendem a migrar para outras culturas como a soja ou milho, que estão remunerando muito bem. "O estado do Paraná em 2010 já reduziu em 10% a sua área, e deve continuar reduzindo se os preços seguirem tão baixos. Muitos já abandonaram a cultura, para plantar milho, cana-de-açúcar e soja, que trazem um lucro muito maior".

 

O produtor paranaense Prestes, contou que há três anos a sua fazenda já reduziu drasticamente a área de plantio do feijão. Hoje o feijão não ocupa nem 20% do terreno. "Para nos mantermos, temos que diversificar, então plantamos milho e soja, que remuneram bem. Eu até brinco com outras pessoas dizendo: o que ganho com o feijão levo até a lotérica e troco por um cartão da Mega-Sena, pois somente com sorte ganhamos dinheiro com o feijão".

 

O instituto afirmou que diversas entidades do setor, como sindicatos, associações e até mesmo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), já enviaram ofícios ao governo federal solicitando uma posição a respeito das aquisições, dado que quanto mais tempo o produtor segurar o feijão mais escuro e sem valor ele fica. "O governo precisa se definir logo, pois em breve o produtor terá de vender para não desvalorizar o produto, que com o passar do tempo perde muito o valor. Prova disso foram os leilões vistos no ano passado que não tiveram bons resultados."

 


Veículo: DCI

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>