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02/12/2010 10:30 - Brasil puxa para baixo ação do Carrefour

Varejo: Grau de provisionamento de débitos fiscais e trabalhistas era conhecido da matriz, segundo ex-executivo

 

A ação do Carrefour, segundo maior grupo varejista do mundo, teve ontem sua maior queda em quase dois anos na Bolsa de Valores de Paris, depois que a companhia reduziu suas previsões de lucro e disse que suas baixas contábeis no Brasil serão mais que três vezes maiores que o esperado. As baixas somam € 550 milhões e a maior parte delas refere-se a provisões nas áreas fiscal e trabalhista.

 

A ação chegou a cair 10%, para € 31,33, a maior queda em um único dia desde 18 de dezembro de 2008. A ação era negociada a 32,07 às 11h42 (horário local) e terminou o dia cotada a €32,90, em queda de 5,61%. A chamada contribuição de atividade, uma medida do lucro operacional, será de aproximadamente € 3 bilhões (US$ 3,9 bilhões) em 2010, segundo informou a companhia na noite de terça-feira, reduzindo uma previsão anterior em cerca de € 130 milhões.

 

As despesas extraordinárias no Brasil somarão € 550 milhões (R$ 1,23 bilhão), mais que a estimativa feita em outubro, de € 180 milhões, e serão agora contabilizadas como receita não operacional. O valor representa 17,2% das vendas do Carrefour no Brasil no terceiro trimestre deste ano, que foram de € 3,19 bilhões.

 

As despesas no Brasil de € 550 milhões, que deverão ser contabilizadas são: € 110 milhões em depreciação e ajustes de estoques; € 280 milhões em provisões para litígios trabalhistas e fiscais; € 35 milhões de descontos irrecuperáveis de fornecedores; € 75 milhões em depreciação de ativos; e € 50 milhões em outros ajustes contábeis, disse Pierre Bouchut, diretor financeiro do grupo.

 

As perdas verificadas na área fiscal e trabalhista compõem a maior parcela do rombo da rede por uma razão. O Carrefour no Brasil provisionava regularmente divergências em relação aos cálculos de impostos na venda de produtos. As maiores varejistas atuam dessa forma, já que são alvos frequentes de divergências tributárias com a área da Fazenda nos Estados. A companhia trabalhava dentro de uma política de provisionamento, que foi alterada com a entrada da KPMG neste ano, e passou a ser mais conservadora.

 

"O risco de perder um processo era zero numa análise anterior da empresa, e agora esse risco é dez, e então eles precisam jogar na linha de provisionamento", explicou um ex-executivo do Carrefour no Brasil, dando a dimensão do conservadorismo adotado. "Mas tudo era enviado mensalmente à matriz. Eles sabiam da política da subsidiária".

 

As perdas com bônus não recebidos de fornecedores é pequena e as questões fiscais são muito mais problemáticas. Além disso, os ajustes de estoques pesaram no rombo de forma considerável. Isso ocorre porque o Carrefour carrega elevados estoques na área de bazar há pelos menos dois anos, apurou o Valor. São produtos não vendidos.

 

Em relação à depreciação de ativos, é fácil entender por um exemplo simples: se a empresa comprou um lote de cadeiras para vender a R$ 30 cada uma, mas não teve demanda, baixou o preço para R$ 15. Assim, há depreciação de R$ 15, que deveria ir para o balanço. Agora a empresa avalia que essa "redução" deve ser ainda maior.

 

"Isso é um golpe na credibilidade", disse o analista Dave McCarthy, de Londres. "Ainda acreditamos que a gestão está tomando as medidas certas na reestruturação da empresa, mas os resultados não deverão surgir antes do fim de 2011, no mínimo". McCarthy reduziu sua recomendação para a ação do Carrefour de "comprar" para "neutro" e reduziu sua meta de preço para o papel de € 48 para € 35.

 

O CEO do Carrefour Lars Olofsson pretende conquistar mais clientes na Europa reduzindo os preços, oferecendo mais produtos com a marca Carrefour e investindo em descontos e propaganda, uma vez que as vendas estão estagnadas. Internacionalmente, quer se concentrar em mercados como a China e a América Latina, onde o Carrefour pode ser um dos dois maiores, além de reorganizar os hipermercados na Europa. "É improvável que o mercado vá assimilar as diretrizes estabelecidas até 2013 e 2015, enquanto resultados tangíveis não aparecerem", escreveu McCarthy a investidores.

 

A redução das perspectivas de lucro deriva das vendas fracas nos hipermercados brasileiros, de um desempenho pior que o esperado na França, e das condições econômicas adversas na Itália, Grécia e Espanha. A medida do lucro operacional foi reduzida em € 50 milhões depois da venda da operação na Tailândia em novembro. (*Bloomberg)

 

Veículo: Valor Econômico

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