Geral
02/09/2010 10:39 - Starbucks traz nova marca de olho na classe C
Com a recente aquisição das ações da empresa Cafés Sereia do Brasil Participações S.A., o braço brasileiro da norte-americana Starbucks quer ampliar a sua presença no mercado interno, com a chegada da marca Seattle's Best Coffee possivelmente no começo de 2011, para atingir o público C e D. Estas ações foram adotadas logo depois do anúncio de mudança no quadro societário da Starbucks no País, que agora pertence apenas ao norte-americano Howard Schultz.
Com a entrada de uma nova marca no segmento, o que deve acirrar ainda mais a concorrência, cafeterias brasileiras já passaram a se movimentar para não perder espaço e continuar competitivas. Tanto que Fran's Café, Rei do Mate, Casa do Pão de Queijo e Octavio Café, entre outras, anunciam iniciativas de expansão para acompanhar o mercado, que tende a crescer.
De acordo com Ricardo Carvalheira, diretor da rede Starbucks Brasil, há forte otimismo com o crescimento dos negócios da rede no País. "Com 23 lojas, estamos empolgados quanto às oportunidades que este novo momento proporciona para a companhia", afirmou ele.
Para o professor de Comércio Varejista da Fundação Santo André, Henrique Palma, que é especializado em alimentação, o plano de expansão do grupo pode estar na mudança do público atingido pela marca. "Acredito que a Starbucks vai mudar o paladar do café no Brasil. A abertura de lojas com a bandeira Seattle's Best Coffee, de perfil mais popular e de sucesso nos Estados Unidos, era algo especulado nos bastidores, e o palpite ficou ainda mais forte depois da aquisição de todas as ações do grupo pelo empresário americano", disse.
Segundo ele, a intenção ao abrir uma marca secundária é atingir os consumidores das classes C e D, cuja maioria não frequenta as cafeterias da Starbucks no País. "Acredito que os norte-americanos pretendam ainda alterar seu sistema de distribuição no Brasil, hoje restrito às lojas próprias. Com o objetivo de ampliar rapidamente as vendas da Seattle's Best Coffee, o produto deverá ser oferecido em supermercados, lojas de conveniência e livrarias, por exemplo", continuou o professor.
A rede Starbucks entrou no Brasil há cerca de quatro anos com o objetivo de expandir o costume norte-americano de consumir diferentes tipos de café, mas a crise financeira mundial pode ter influenciado uma movimentação mais lenta. "2009 foi um ano difícil para a rede em todo o mundo, por isso acredito que eles pisaram nos freios. Mas agora a tendência é continuar crescendo, principalmente em mercados novos, como Brasil e América do Sul", afirmou o professor de Comércio.
Para Palma, a mudança no quadro societário da Starbucks ainda irá revelar novas tendências no mercado. "Para não ficar de fora, cada uma das cafeterias tradicionais terá de investir amplamente em personalidade: café com personalidade", disse Henrique Palma.
"Apostar em internet sem fio e em café da manhã personalizado será a saída para continuar no mercado. O brasileiro acaba de descobrir o hábito de tomar café fora de casa, então este é um mercado com potencial para crescer muito", declarou o professor.
Concorrência
No Fran's Café, o investimento de R$ 8 milhões na abertura de 20 novas lojas até 2012 já está adiantado, com a inauguração de uma nova loja no Shopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo. O objetivo é atuar em diferentes regiões e aumentar o público que consome café. "Estamos apostando na ampliação dos negócios não só em São Paulo, aproveitando o bom momento da economia e a receptividade do mercado ao modelo que oferecemos", afirmou Henrique Ribeiro, sócio da rede de franquias Fran's Café.
Com relação ao diferencial da marca, Ribeiro diz que a aposta do Fran's Café está nas novas receitas: cafés Moccha, Ciocolatta e Fran's Cappuccino Trufado. A rede conta com conexão wi-fi, revistaria e espaços para eventos. O cardápio padronizado traz opções do café da manhã ao jantar, que, na opinião do executivo, garantem a fidelidade da clientela.
Franquias
Com o objetivo de atingir uma parcela maior de consumidores, a rede Octavio Café, com uma unidade que se destaca na Avenida Faria Lima, na capital paulista, também anunciou recentemente sua entrada no ramo de franquias, dentro e fora do Brasil.
Mario Chierighini Filho, diretor superintendente do Octavio Café, afirma que os estudos de expansão nesse novo conceito estão em andamento. "Estamos com estrutura pronta para abrir nos dois formatos [loja própria e franquias], mas talvez as próximas unidades inauguradas sejam lojas próprias, até para termos o tempo necessário para formatar as franquias como se deve, com excelência e qualidade de produtos e de serviço."
O diferencial da marca, segundo o executivo, segue na linha de enfocar a experiência do cliente em degustações de café. "O Octavio Café é um lugar onde as pessoas podem provar, degustar e apreciar, sentindo todas as qualidades e diferenças de cada blend de café", disse. Com o projeto de expansão, que pode dar-se através de franquias, tendas em shoppings ou lojas próprias, o objetivo, para o executivo, é o mesmo: ampliar o público e levar a novos polos a experiência da degustação de café.
Doçarias
Na área de doçarias, há um ano e meio a rede Kopenhagen apostou no nascimento de uma empresa secundária para atender a demanda da classe C e D: a Brasil Cacau, com objetivo de abrir mais 100 lojas até o final de 2010. "A abertura das novas unidades comprova crescimento da Brasil Cacau, que fechou 2009 com 45 lojas", afirma Renata Vicchi, vice-presidente do Grupo CRM.
O aumento da renda do público C e D chamou a atenção da rede de cafeterias norte-americanas Starbucks, que quer ampliar a sua presença no mercado nacional e estuda trazer para o País, a partir do ano que vem, a marca Seattle's Best Coffee, já popularizada nos Estados Unidos. A ação envolve uma das etapas de reestruturação na rede no Brasil, depois do anúncio de mudança do quadro societário da Starbucks, que ficou com o americano Howard Schultz como único acionista.
A entrada de uma nova marca deve acirrar a concorrência entre Fran's Café, Rei do Mate, Casa do Pão de Queijo e Octavio Café, empresas que anunciam expansão para acompanhar o mercado, e adoção de estratégias como wi-fi nas lojas e espaço para eventos.
Para Ricardo Carvalheira, diretor da rede Starbucks Brasil, há otimismo no País: "Estamos empolgados quanto às oportunidades que este novo momento proporciona para a companhia."
Veículo: DCI

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