Geral
24/08/2010 11:26 - Venda de relógio, óculos e joia crescerá 30%
Para abocanhar o bolso das classes C e D, os segmentos de óculos, joias e relógios investem em tecnologia e expansão, com novas técnicas de vendas e segmentação. Assim, a disputa fica mais acirrada entre as líderes de mercado, como Diniz, Fototica e Óticas Carol, e isso impulsiona o crescimento do setor, que em 2009 movimentou cerca de R$ 12 bilhões e tem previsão de crescer 30% este ano.
A Óticas Carol anunciou ousadia no processo de expansão para os próximos anos. Até 2013, a rede varejista espera alcançar 600 lojas, ampliando o mercado em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em 2009, o grupo faturou R$ 240 milhões e a expectativa é de passar dos R$ 250 em 2010. Atualmente, a loja conta com 265 unidades e espera chegar a 310 unidades até o fim do ano.
De acordo com o presidente do grupo, Ronaldo Pereira Júnior, o objetivo é apostar em novas franquias. "Só abriremos lojas onde o investimento for muito alto para um franqueado, se for muito importante para a marca estar presente na região, ou se for para cobrir uma região em desenvolvimento. Acreditamos que 10% do total de lojas próprias seja um bom número. A prioridade de expansão na área será sempre do franqueado atual; depois, do novo candidato, e, por último, da franqueadora", afirmou.
A novidade para o varejo dentro do grupo fica por conta do recente investimento de R$ 10 milhões para inauguração do primeiro laboratório digital da ótica, que atenderá os 265 franqueados da rede. "Com a produção própria, poderemos oferecer modelos de lentes digitais por um preço equivalente a um terço do vigente no mercado", disse o executivo, que conta com a redução dos preços para atingir uma camada ainda maior de clientes.
Com o laboratório, e depois da recente mudança na distribuidora de armações, a Óticas Carol pretende enfocar o crescimento em novos estados. "Os planos incluem a entrada em Minas Gerais, Paraná e Paraíba a partir de 2011", continuou Pereira Jr.
Sobre o crescimento das concorrentes, como Fototica, Diniz e Íris, o executivo mostra-se otimista. "O crescimento é muito importante para a formalização do setor. Num setor muito fragmentado a bagunça tende a ser maior. Hoje, o maior problema do segmento são as óticas informais: essas, sim, denigrem a imagem do setor, e até trazem um retrocesso", afirmou o executivo.
Recentemente, a Fototica anunciou objetivos de alcançar 500 lojas até 2012, e a Diniz, hoje com 400 lojas deverá alcançar 400 ainda em 2011, de acordo com as projeções de cada rede.
No segmento de óculos escuros e relógios, a Chilli Beans, maior especializada brasileira, irá apostar na praticidade para aumentar as vendas em varejo com a inserção da primeira máquina de vendas (vending machine) para comércio de óculos.
O objetivo do grupo é posicionar a máquina em locais estratégicos como hotéis, resorts, parques temáticos, aeroportos, rodoviárias e navios de cruzeiro turístico. "Queremos colocar a máquina em cada shopping, levar para o nordeste, sul, e aonde mais elas puderem ir", disse Caito Maia, diretor superintendente da Chilli Beans. Sem anunciar investimentos, Maia disse apenas que o objetivo da empresa é ter 500 pontos-de-venda até a Copa do Mundo (2014), e mil até as Olimpíadas (2016).
Relógios com mais funções
Com medo de cair em desuso por adolescentes brasileiros, as marcas que apostam nos relógios de pulso precisam se adaptar para pegar carona no crescimento das vendas de acessórios. A Chilli Beans, que ano passado inaugurou sua primeira loja somente de relógios, garante que o estilo é a chave para as vendas continuarem. "Assim como os óculos são a representação do estilo de quem os compra, os relógios também o são", afirmou Maia. Pensando nisso o grupo investiu em relógios coloridos, com pulseiras diferentes e funções variadas.
Readaptações de modelos convencionais de relógio, para o professor e coordenador da pós-graduação em Economia e Estatística da Universidade Metodista de São Paulo, Osvaldo Golvêa, especialista em perfil do consumidor contemporâneo, são a solução para o segmento voltar a crescer. "A Suíça é o maior exportador de relógios do mundo e está tendo prejuízo", afirmou o professor.
De acordo com ele o motivo da queda está ligado às funções atuais do celular. "Todos conseguem ver o horário no celular ou iPod: se for só para isso, o relógio perde a função."
Golvêa lembrou ainda que fabricantes de todo o mundo já começaram a mudar seus conceitos de relógio. "Uma rede norte-americana lançou esses dias um novo modelo de relógio, que vibra, não toca quando precisa despertar", disse.
E o Brasil segue pelo mesmo caminho. "Sabendo que não há mais uma função essencial no uso, as marcas brasileiras já apostam em cores, brilhos e tecidos para trazer o cliente jovem para dentro da loja."
Aportes
A Loja Rubi anunciou investimento de R$ 15,6 milhões até 2016, por acreditar no mercado brasileiro. "Posso dizer que estamos em ascensão, e o investimento é a prova de que acreditamos no potencial de compra dos consumidores", declarou o diretor executivo da Loja Rubi, Márcio Kinji. A Rubi, que hoje conta com quatro lojas, todas no ABC Paulista e na Baixada Santista, inaugurará a primeira loja na cidade de São Paulo este mês. "Até 2016 esperamos estar com 60 lojas", disse Márcio Kinji.
De acordo com o executivo, as novas lojas Rubi também irão contar com novidades para os clientes. Serão novos modelos de joias, lentes digitais e mais competitividade nos preços. Para Kinji este é o futuro das lojas do ramo. "A saída é trabalhar sempre com novidades e alternativas. É preciso escolher muito bem o ponto comercial e é preciso ter uma boa administração, mas é essencial ter opções e novidades", disse.
Veículo: DCI

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