Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

13/07/2010 11:21 - Farmácias são avaliadas

São Paulo tem 3 492 farmácias espalhadas pelas cinco regiões da cidade. É praticamente uma para cada 3 150 paulistanos. Em muitos locais, bandeiras concorrentes disputam clientes no mesmo quarteirão. Com tantas opções, às vezes fica difícil escolher onde é melhor comprar a lista de medicamentos prescritos pelo médico. Nessa hora, conta, sobretudo, o preço. Mas não só. Devem-se levar em consideração o atendimento, a variedade de produtos e, claro, as instalações do estabelecimento. No dia 18 de junho, entre 14h30 e 19h30, VEJA SÃO PAULO visitou lojas das oito maiores redes de drogarias da cidade para avaliar esses quatro quesitos. Com uma lista de dezoito itens, de onze laboratórios, em mãos, a reportagem simulou uma compra, sem se identificar. Comparamos então os valores cobrados e a forma como os balconistas e farmacêuticos nos receberam. Checamos ainda as instalações — dos uniformes utilizados à temperatura do local — e conferimos se os itens procurados estavam mesmo disponíveis em suas prateleiras.

 

Em alguns aspectos, o diagnóstico é preocupante. Nenhuma das drogarias cobrou prescrição para vender os remédios controlados, uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pediram apenas as receitas do inibidor de apetite Reductil e do tranquilizante Dienpax, que precisam ser retidas pela farmácia. Os preços variaram muito — até 58%, no caso do Reductil. Algumas redes costumam praticar descontos diferentes em suas unidades. Em um dos estabelecimentos, a Onofre da Praça da Sé, o farmacêutico não estava presente na hora da visita (a Anvisa exige que o profissional fique de plantão na loja sempre que esta estiver aberta). Outro problema foi a incapacidade dos farmacêuticos em dar uma boa orientação sobre o que estavam comercializando. Só um deles, funcionário da Farmais, forneceu uma resposta razoável sobre a administração do antibiótico Cipro. A líder do ranking foi a Drogasil da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim América, com 3,57 pontos. Apesar de ter recebido uma nota relativamente baixa em atendimento (2,5), atingiu tal posição porque tinha 100% dos medicamentos pesquisados, estava impecavelmente limpa e organizada e os funcionários, muito bem-vestidos. “Operamos com praticamente todos os laboratórios farmacêuticos”, conta Ricardo Castro de Azevedo, diretor financeiro da Drogasil.

 

Farmácias e órgãos reguladores travam uma briga há cinco meses, desde que a última resolução da Anvisa sobre as boas práticas nesse tipo de estabelecimento entrou em vigor. A novidade que causou mais polêmica é a exigência de que os remédios isentos de prescrição, como alguns analgésicos, antigripais e antitérmicos, fiquem atrás do balcão, e não expostos em gôndolas comuns, como era recorrente até então. A intenção é evitar a compra de medicamentos por impulso. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) entrou com uma liminar que conseguiu suspender a resolução. “A regra está na contramão do que acreditamos”, diz Antonio Carlos Pipponzi, presidente da Droga Raia. “O consumidor tem o direito de levar para casa o que quiser, sem intermediários.” Entidades como o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), defensor da nova prática, acreditam que a exposição desses itens estimula a automedicação e o consumo inútil. “A drogaria precisa ser encarada como um ambiente de saúde, e uma das funções do farmacêutico é orientar a escolha de todo e qualquer remédio”, afirma Raquel Rizzi, presidente do conselho. “A nova norma deve estimular tal procedimento.”

 

Especialistas em consumo afirmam que, dentro da farmácia, os clientes se comportam como se estivessem em qualquer outro tipo de loja. Mesmo com uma lista de itens em mãos, acabam levando muito mais do que precisam. “Do total de decisões de compra, 81% são realizadas dentro do estabelecimento comercial”, diz Heloisa Omine, professora da disciplina comunicação no ponto de venda, da Escola Superior de Propaganda e Marketing. “É por esse motivo que a disposição dos produtos conta, sim.” A lógica é a mesma dos supermercados. Assim como nos lembramos de levar o molho de tomate e o queijo ralado quando vemos que eles estão ao lado do macarrão, na drogaria acabamos colocando na cestinha, além do antigripal receitado, aquele remédio “ótimo para dor de cabeça” indicado pelo colega de trabalho. Não à toa, as táticas de conquista de consumidores são as mesmas tanto em farmácias quanto em hipermercados. Quase todas elas têm, por exemplo, o cartão fidelidade, e algumas concedem descontos de até 70% para os clientes cadastrados. Em troca, obtêm dados preciosos sobre os hábitos de sua clientela. Segundo pesquisa da Droga Raia, o consumidor vai, em média, duas vezes por mês à farmácia — frequência que dobra no caso de mulheres entre 35 e 50 anos e de pessoas com mais de 60. O tíquete médio é de 50 reais.

 

Embora eles sejam funcionários de um estabelecimento comercial, espera-se que os profissionais vestidos de jaleco branco forneçam sugestões idôneas sobre o que vendem. Trata-se, afinal, de informações que podem ser cruciais para a saúde e o bem-estar do consumidor. Mas nem sempre é assim que acontece. “Infelizmente, sabemos que alguns funcionários de farmácias recebem comissão para vender mais de um ou outro medicamento”, afirma o farmacologista Antônio Carlos Zanini. Entra em jogo, então, o que no jargão da saúde é chamado de “empurroterapia”, ou seja, a prática de incentivar o consumo desse ou daquele remédio. Ainda que as redes neguem que orientam seus funcionários a tomar tal atitude, durante o teste algumas atendentes, como a da Drogasil e a da Farmais, foram enfáticas ao sugerir a compra de genéricos mesmo quando a repórter disse que preferia os medica mentos de marca. Em casos assim, ao servir de intermediário como requer a nova norma da Anvisa, o funcionário pode acabar induzindo o consumidor a levar o produto que lhe proporcione mais lucros. “Por esse motivo, o farmacêutico deve sempre registrar aquilo que indicou”, diz Raquel Rizzi, do CRF-SP.

 

O PERFIL DO CONSUMIDOR

 

■ O paulistano vai, em média, duas vezes por mês à farmácia
■ Essa frequência dobra no caso de pessoas com mais de 60 anos
e de mulheres entre 35 e 50, público que representa cerca de 50% dos clientes
■ A cada visita à loja, os consumidores gastam em torno de 50 reais

 

Além de apoiar a Anvisa, há um ano o conselho trabalha numa campanha para coibir a venda e o consumo indiscriminado de antibióticos. A medida foi motivada por uma pesquisa realizada pelo órgão, cujo resultado mostrou que 68% das drogarias paulistas admitiam vender sem receita. A Organização Mundial da Saúde estima que 50% das prescrições desse tipo de droga sejam inapropriadas. Entre os principais riscos de tal comportamento está a resistência bacteriana (o uso recorrente ou a administração incorreta pode, em vez de combater, tornar esses microrganismos ainda mais fortes). Surgem, então, as superbactérias, contra as quais inexistem ou são poucas as armas eficazes. Afim de combater esse mal, a campanha prevê cursos de capacitação de farmacêuticos e, ainda neste mês, deve distribuir panfletos em pedágios e organizar ações educativas em parques da cidade. Em todo caso, consumir apenas medicamentos prescritos por um médico de confiança e seguir sempre sua receita é a chave para um consumo saudável.

 

O link se você quiser copiar as tabelas:
http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2173/farmacias-sao-paulo-avaliacao

 


Veículo: Revista Veja SP

 

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>