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28/06/2010 10:52 - Marketing desperta desejo, mas não cria necessidade

Há uma cena na peça Rei Lear, de Shakespeare, que parece ter sido escrita ontem, não fosse o fato da se tratar de uma obra de 1605. "Não discutam a necessidade!", ataca o monarca. "Até o mais pobre dos mendigos possui ainda algo de supérfluo na mais miserável coisa." E assim o rei prossegue: "Reduzam o homem às necessidades da natureza e ele ficará reduzido ao animal [...] Não compreende que necessitamos de um pequeno excesso para existir?"

 

O conflito entre o necessário e o supérfluo ilustrado por Shakespeare é o mesmo que regularmente paira sobre o mundo da tecnologia. Não raramente, o marketing é acusado de ter se transformando numa gigantesca máquina de fabricar necessidades, fazendo com que as pessoas consumam cada vez mais aquilo que elas não precisam. Para Abel Reis, presidente da AgênciaClick Isobar, essa visão é distorcida da realidade. "A lógica da indústria de tecnologia é a obsolescência contínua", comenta. "Tudo evolui numa velocidade cada vez maior e essa atualização constante faz parte do jogo."

 

O marketing, defendem os especialistas da área, não cria necessidade de consumo em ninguém - ao menos, não diretamente. Seu negócio, na realidade, é explorar o desejo das pessoas. Ao fazer uma campanha publicitária, a empresa quer mexer com as "sensações" do usuário, despertá-las, e não criá-las.

 

Uma pessoa que compra um computador não faz isso somente pelo o que ele é, diz Reis. Boa parte de sua motivação está relacionada ao que o produto representa, com o que ele se identifica. "A propaganda é um desdobramento disso, o que a publicidade faz é caracterizar essa evolução contínua dentro de uma visão de marca e de relacionamento com o consumidor."

 

Já que o consumo é inevitável e sua escalada cada vez mais forte, é necessário que, ao menos, os envolvidos (consumidor e fornecedor) sejam socialmente responsáveis, diz Reis. O perfil do consumidor brasileiro de eletrônicos está muito mais alinhado ao comportamento dos americanos do que ao dos europeus, tradicionalmente menos adeptos a esse frenesi.

 

"Isso coloca em pauta a necessidade de termos um consumidor consciente e exigente, uma postura mais séria com o mercado. Se todos consumissem como nos EUA, acabaríamos com o planeta", diz Reis.

 


Veículo: Valor Econômico

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