O Supermercado Manda Brasa, bandeira presente no mercado belo-horizontino entre 1979 e 1984, quando suas 18 lojas foram incorporadas pelo Grupo Orgasa Supermercados Ltda., retomou os negócios há dois anos no bairro Lagoinha, na região de Venda Nova, Norte da Capital. Diante da boa performance registrada desde o retorno, o diretor da empresa, João Paulo Freitas Ferreira Lúcio, prevê a abertura de mais três unidades, mediante investimento de R$ 2 milhões, ainda em 2010.

De acordo com ele, a expectativa é que duas lojas sejam inauguradas em Ribeirão das Neves e uma em Santa Luzia, ambos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entretanto, a localização ainda não foi definida. "Estamos analisando as melhores áreas e o mercado existente nas regiões para iniciar as obras", explicou.

No início deste ano, já foram investidos R$ 250 mil na reforma do supermercado, concluída em maio. Segundo Ferreira Lúcio, boa parte do aporte foi destinado à padaria. A panificação própria tem incrementado as vendas da empresa. "Com as novas instalações, os itens ficaram melhor distribuídos. A decoração também é um ponto forte, já que foi feita de forma rústica, o que atrai o consumidor", avaliou.

Tropeiro - Além da padaria, o Manda Brasa vem apostando na preparação de alimentos como forma de atrair os consumidores. Segundo Ferreira Lúcio, cerca de 250 quilos de feijão tropeiro são produzidos e vendidos aos sábados e domingos, o que incrementa o faturamento. "O consumidor já se acostumou a não cozinhar nos fins de semana o que contribui para a venda do prato", explicou.

A Copa do Mundo de 2010 também tem feito a diferença nas vendas do estabelecimento. De acordo com o diretor, apesar da redução do horário de trabalho, há uma movimentação maior nos momentos que antecedem aos jogos, sobretudo com a venda de bebidas, carnes e petiscos.

Em 2009, ainda sob o impacto da crise econômica, a empresa faturou R$ 5 milhões, 20% a mais que o registrado no exercício anterior. Conforme o diretor, o supermercado registrou crescimento de 30% da receita nos cinco primeiros meses deste ano na comparação com igual intervalo do exercício anterior e o faturamento chegou a R$ 2,34 milhões.

Para o exercício atual, a estimativa é de um resultado ainda melhor, com alta de 30% da receita bruta, que deve alcançar R$ 6,5 milhões. "A oferta de novas marcas e o incremento do mix deverão contribuir para a performance", explicou.

Atualmente, o supermercado é composto por cinco mil itens, mas a expectativa é de uma maior diversificação para atender o crescimento da demanda. Ferreira Lúcio destacou a importância da melhoria no nível de emprego e do aumento da renda da população para o aquecimento dos negócios. " preciso aproveitar a oportunidade advinda do mercado atual. O projeto é consolidar a marca, já conhecida na RMBH", enfatizou.

Veículo: Diário do Comércio - MG