Entra em vigor amanhã resolução que torna a falta do equipamento infração gravíssima -multa de R$ 191,54

Departamento Nacional de Trânsito diz que, como houve 2 anos para adaptação à norma, não haverá prorrogação

Às vésperas da obrigatoriedade de cadeirinhas infantis nos bancos traseiros dos carros, os pais encontram dificuldades para comprá-las.

A resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que estabelece a falta do acessório como infração gravíssima a partir de amanhã fez as cadeirinhas sumirem.
A multa é de R$ 191,54, com sete pontos na carteira.

O modelo mais difícil de ser encontrado é o booster -elevação de assento. "A fila de espera é quatro vezes maior do que o volume de venda. A previsão das importadoras é de regularizar o estoque em julho", diz Fábio Dourador, da Loja do Bebê.
Segundo ele, o estoque de cadeirinhas da loja virtual, que dura dois meses, acabou em duas semanas.

A fábrica Burigotto, de Limeira (151 km de SP), ampliou a produção em mais de 100% e ainda tem fila. "Todo dia tem carregamento, mas as lojas vendem antes de receber os produtos. Então dá a impressão de que o acessório não chega", afirma a supervisora Margarete Bertoni.

Na rede Alô Bebê, a dificuldade é a mesma. "Houve aumento de 25% na venda de cadeirinhas. Nos últimos três fins de semana, todos os boosters foram vendidos", afirmou Milton Bueno, gerente de marketing das lojas.

A recomendação do Contran, aprovada em 2008, é que crianças de até um ano sejam levadas no bebê-conforto. De um a quatro, em cadeirinhas. De quatro a sete anos e meio, o ideal é o booster. Já as de sete e meio a dez devem ir só no banco traseiro, com cinto de segurança.

O preço dos modelos varia de R$ 100 a mais de R$ 1.000.

O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) informou que, como houve dois anos para adequação à lei, não haverá prorrogação.

Na cidade de São Paulo, a Polícia Militar e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) decidiram apenas orientar, e não multar, os motoristas nos primeiros dias. A PM passará a multar no sábado; a CET não definiu a data.

Veículo: Folha de S.Paulo