Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

27/05/2010 10:28 - Brasil alerta Argentina que poderá usar "política de reciprocidade"

O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, disse ontem que o Brasil poderá adotar medidas de retaliação contra a Argentina - como adiantou o Valor - caso seja confirmado que o bloqueio de caminhões na fronteira entre os dois países extrapola as questões burocráticas.

 

Ele ressaltou que até o momento duas autoridades argentinas - a presidenta Cristina Kirchner e a ministra da Produção, Débora Giorgi - deram garantias de que os contratos firmados com o Brasil serão cumpridos. Mas Barral alertou: "Adotamos a política da reciprocidade. E temos um mecanismo de controle de importações."

 

Para evitar que o Brasil decida retaliar a Argentina por meio do adiamento na liberação de licenças não automáticas na importação de produtos argentinos, o governo do presidente Lula quer que Cristina Kirchner faça uma declaração oficial reiterando que sua administração não impôs barreiras à entrada de alimentos brasileiros em seu território.

 

O secretário afirmou que a declaração oficial é necessária para que sejam esclarecidos os rumores sobre o bloqueio. Barral confirmou que tem recebidos reclamações de caminhoneiros brasileiros que estão sendo parados na fronteira com a Argentina - até o momento, oito veículos não receberam a autorização para entrar no país vizinho. "Não chega a ser uma situação anormal, já que pela região passam 500 caminhões brasileiros diariamente. Estamos averiguando se existe algum problema a mais ou se estamos diante apenas de problemas de documentação, como vistos ou notas fiscais", completou o secretário.

 

Ele também confirmou que importadores argentinos têm cancelado pedidos feitos à indústria alimentícia brasileira e avisado que poderão ter dificuldades para vender seus produtos em território portenho.

 

Barral minimizou as pressões feitas pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, que seria um dos responsáveis por convencer os importadores a deixar de comprar produtos do Brasil e de outros fornecedores. "Não é porque o sub do sub tem uma ideia mirabolante que vamos adotar medidas sem uma avaliação mais profunda", provocou.

 

O secretário brasileiro acrescentou ainda que o comércio entre os dois países aumentou 50% no ano passado e que as exportações brasileiras para a Argentina representam um quarto das importações - deixando a entender que o rompimento comercial seria mais prejudicial para eles do que para o Brasil. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior as exportações brasileiras de alimentos para compradores argentinos somam US$ 2 bilhões, enquanto as importações da Argentina atinge US$ 500 milhões.

 

Barral também admitiu que a crise econômica europeia poderá afetar as relações do Mercosul com a União Europeia. Embora reconheça que "malgrado a crise, as exportações de alimentos para o continente europeu ainda não tenham sofrido abalos", Barral lembra que a aversão ao risco costuma fazer com que os países se tornem mais conservadores nas suas relações comerciais. "Por outro lado, existem analistas que defendem que o comércio com o Mercosul permitirá à União Europeia sair mais rapidamente da crise financeira internacional. A Câmara de Comércio Espanhol (Issex), por exemplo, defende a manutenção das relações comerciais com o Brasil."

 

Para ele, uma das vantagens do país é que metade das exportações para a Europa é de alimentos que precisam ser comprados mesmo em períodos de crise. Mas que em momentos como esse, há riscos para o financiamento por meio da redução do crédito internacional. "Temos que ver qual será a relação estabelecida entre a ambição agrícola e a ambição industrial dos europeus."

 

Ele considera, contudo, que esse momento é praticamente a última chance que Mercosul e União Europeia têm para direcionar o poder comercial para o Atlântico Sul no futuro. "Do contrário, todo esse equilíbrio vai se concentrar no Pacífico", ponderou.

 

Veículo: Valor Econômico

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>